O advogado criminalista Daniel Bialski, contratado há uma semana para defender a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) no caso das joias sauditas, anunciou sua saída da equipe de defesa nesta segunda-feira 22.
Bialski alegou que a decisão foi tomada pelo casal Bolsonaro. Interlocutores da família presidencial atribuem a saída às divergências do criminalista com a equipe que defende o ex-presidente neste caso. A avaliação é que advogados diferentes poderiam apresentar versões eventualmente divergentes.
O criminalista foi contratado pela ex-primeira-dama logo após a Polícia Federal pedir a quebra dos seus sigilos bancário e fiscal.
Agora, a defesa da ex-primeira-dama também será feita pelo advogado Paulo Amador da Cunha Bueno.
O inquérito no qual Michelle e Bolsonaro são investigados mira a organização de milícias digitais que defendem uma ruptura democrática no País. As apurações sobre o caso das joias e desvios de presentes oficiais também estão no bojo dessa investigação.
Criminalista em São Paulo, Bialski se notabilizou na defesa de alguns políticos nos últimos anos, entre eles a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) nas investigações sobre o envolvimento dela com o hacker Walter Delgatti Netto.
O advogado ainda atuou assistência jurídica do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (MDB) e atualmente defende o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro no caso que mira a atuação de pastores-lobistas no MEC durante sua gestão.
Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.
Já é assinante? Faça login