Política

Acolher o Centrão no governo é natural e faz parte da democracia, diz ministro

Para Márcio Macêdo, da Secretaria-Geral da Presidência, o interesse das siglas significa que a gestão Lula ‘está no caminho certo’

Acolher o Centrão no governo é natural e faz parte da democracia, diz ministro
Acolher o Centrão no governo é natural e faz parte da democracia, diz ministro
O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macêdo. Foto: José Cruz/ Agência Brasil
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O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macêdo (PT), disse ver com naturalidade a articulação de legendas do Centrão para abocanhar espaços na Esplanada dos Ministérios de Lula. O governo, por sua vez, busca consolidar uma base de apoio no Congresso.

“No presidencialismo de coalizão, ou você sai das urnas com um total de deputados suficientes para governar, ou tem de abrir espaço [na Esplanada]. Isso faz parte da democracia, do processo de governabilidade”, afirmou a CartaCapital nesta sexta-feira 21. “É natural, acho importante [acolher] os partidos que querem vir integrar o governo”.

De acordo com Macêdo, o interesse das siglas significa que “o governo está no caminho certo”. As declarações foram concedidas em Aracaju, durante cerimônia de posse de Cássio Murilo no comando da Superintendência do Ibama em Sergipe.

“Isso significa que o governo está bem, está entregando os compromissos que assumiu na campanha, então [as siglas] serão bem-vindas pra ajudar a governar, ajudar a administrar”, acrescentou.

A possibilidade de incorporar PP e Republicanos ao governo Lula tem sido discutida nos bastidores. No início desta semana, os deputados federais Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) e André Fufuca, líder da bancada pepista na Câmara, foram recebidos no Palácio do Planalto pelo ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha.

Os dois políticos estão na linha de frente de uma provável reforma ministerial a ser executada pelo petista ao final do recesso legislativo, no início de agosto. A forma como essa dança das cadeiras será feita, contudo, ainda é uma incógnita.

Mesmo com a entrada dos parlamentares no governo, PP e Republicanos não devem aderir formalmente – ao menos neste momento – à base da gestão federal, devido a resistências internas.

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