Justiça

A última esperança de Zambelli para adiar o fim de julgamento que a condenará à prisão

A Primeira Turma do STF já formou maioria contra a deputada no caso da invasão a sistema do CNJ

A última esperança de Zambelli para adiar o fim de julgamento que a condenará à prisão
A última esperança de Zambelli para adiar o fim de julgamento que a condenará à prisão
A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados
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Quatro dos cinco ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal já votaram por condenar a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) a dez anos de prisão e à perda do mandato no caso da invasão a sistema do Conselho Nacional de Justiça.

Após os votos de Alexandre de Moraes (relator), Flávio Dino, Cristiano Zanin e Cármen Lúcia, resta somente a manifestação do ministro Luiz Fux. O término do julgamento está programado para a próxima sexta-feira 16.

Na sexta 9, os advogados de Zambelli afirmaram, em nota, torcer para que um ministro interrompesse a votação e solicitasse mais tempo para estudar os autos. “Saliente-se que jamais se deixará de acreditar na Justiça e se espera que algum dos ministros possa pedir vistas e examinar todos os argumentos lançados pela defesa e, futuramente, modifique o rumo sugestionado pelo relator”, diz o comunicado assinado pelos advogados Daniel Leon Bialski, Bruno Garcia Borragine e André Mendonça Bialski.

Fux é, portanto, a última esperança da deputada para pelo menos adiar a conclusão do julgamento.

Além de Zambelli, a maioria da Primeira Turma votou por condenar o hacker Walter Delgatti — neste caso, a oito anos e três meses de prisão.

Em seu voto, Moraes afirmou ser “completamente absurda a atuação vil de uma deputada federal, que exerce mandato em representação do povo brasileiro, e de um indivíduo com conhecimentos técnicos específicos, que causaram relevantes e duradouros danos à credibilidade das instituições”.

A defesa, por sua vez, argumenta que o voto do relator é “arbitrário” e critica o fato de o julgamento ocorrer no plenário virtual, não em sessões presenciais. “Absolutamente injusto que a deputada tenha sido julgada e condenada sem provas irrefutáveis e induvidosas”, afirmam os advogados.

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