Justiça

A reação do ministro da Previdência à nova fase da operação que apura fraude no INSS

Segundo Wolney Queiroz, a ação indica que PF e CGU têm autonomia e que o governo federal não atua para blindar ninguém das investigações

A reação do ministro da Previdência à nova fase da operação que apura fraude no INSS
A reação do ministro da Previdência à nova fase da operação que apura fraude no INSS
O ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz. Foto: Gabriel Xavier/MPS
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O ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, afirmou nesta quinta-feira 18 que o governo federal não protege envolvidos em irregularidades e que o ministério não é alvo da Operação Sem Desconto, deflagrada pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União contra fraudes em descontos indevidos no INSS.

Segundo o ministro, o presidente Lula (PT) pediu que a crise fosse contida com equilíbrio e que a prioridade do governo seja o cuidado com os aposentados, além do fortalecimento da integridade e da governança na pasta.

“Não há nenhum envolvimento do Ministério da Previdência Social nessa operação”, disse Wolney. De acordo com ele, não houve cumprimento de mandados de busca ou apreensão na pasta, o que, segundo o ministro, reforça a posição do ministério diante das investigações.

O ministro afirmou ainda que o governo atua para identificar os responsáveis pelas fraudes e garantir a punição dos envolvidos. “Esse governo não protege ninguém”, declarou.

Wolney destacou que a CGU e a Polícia Federal têm autonomia para investigar todas as esferas do governo, visando localizar os responsáveis, aplicar as punições e recuperar os recursos desviados. Segundo ele, a orientação é que cada centavo retirado indevidamente seja devolvido aos cofres públicos.

Mais cedo, a PF e a CGU deflagraram uma nova fase da Operação Sem Desconto, que investiga um esquema nacional de descontos associativos não autorizados em aposentadorias e pensões do INSS. A ação, autorizada pelo Supremo Tribunal Federal, cumpriu 16 mandados de prisão preventiva, 52 mandados de busca e apreensão e outras medidas cautelares no Distrito Federal e nos estados de São Paulo, Paraíba, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Minas Gerais e Maranhão.

Entre os presos está Adroaldo Portal, então secretário-executivo do Ministério da Previdência, que foi afastado do cargo, teve prisão domiciliar decretada e acabou exonerado após a operação. Também foi preso Romeu Carvalho Antunes, filho de Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como o “Careca do INSS”, apontado pelas investigações como um dos principais operadores do esquema e preso desde setembro. Outro alvo com prisão decretada é Eric Fidélis, filho do ex-diretor de Benefícios do INSS André Fidélis.

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