Política
A lista de vereadores de São Paulo que pedem a abertura da CPI das ONGS, com Padre Júlio na mira
Arquidiocese de São Paulo diz acompanhar o caso com ‘perplexidade’
A Câmara Municipal de São Paulo pode instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar organizações sociais e entidades que promovem auxílio a pessoas que vivem na região conhecida como Cracolândia, no centro da capital paulista.
Trata-se, na prática, de uma comissão contra o Padre Júlio Lancellotti, o movimento A Craco Resiste e o Centro Social Nossa Senhora do Bom Parto. Em comunicado divulgado na quarta-feira 3, a Arquidiocese de São Paulo disse acompanhar “com perplexidade” a possível abertura da CPI.
A ideia da comissão não surgiu nesta semana. Motivado pela articulação de vereadores da direita e da centro-direita de São Paulo, o pedido de abertura da CPI ocorreu no início de dezembro.
O requerimento foi protocolado pelo vereador Rubinho Nunes (União), ex-integrante do Movimento Brasil Livre e ex-advogado do ex-deputado estadual Arthur do Val, cassado em 2022 por quebra de decoro parlamentar.
Quem são os vereadores que pedem a abertura da CPI
O pedido de CPI protocolado na Câmara paulistana conta com 23 assinaturas. Uma delas, a de Xexéu Tripoli (PSDB), aparece duas vezes no requerimento. O vereador, inclusive, chegou a dizer que retirará seu apoio à abertura da comissão.
Além de Nunes e Tripoli, a lista conta com as assinaturas dos seguintes vereadores:
- Adilson Amadeu (União Brasil)
- Sandra Tadeu (União Brasil)
- Thammy Miranda (PL)
- Fernando Holiday (PL)
- Isac Felix (PL)
- Fábio Riva (PSDB)
- João Jorge (PSDB)
- Gilson Barreto (PSDB)
- Beto do Social (PSDB)
- Rute Costa (PSDB)
- Bombeiro Major Palumbo (PP)
- Sidney Cruz (Solidariedade)
- Rodrigo Goulart (PSD)
- Danilo do Posto de Saúde (Podemos)
- Dr. Milton Ferreira (Podemos)
- Jorge Wilson Filho (Republicanos)
- Sansão Pereira (Republicanos)
- Dr. Nunes Peixeiro (MDB)
- Rodrigo Goulart (PSD)
Outras assinaturas, entretanto, não foram identificadas, segundo o portal G1. De acordo com a publicação, três assinaturas no documento não estão legíveis.
Conforme revela a lista, o PSDB é o partido com a maior quantidade de assinaturas, seguido pelo PL e pelo União Brasil.
O vereador Thammy Miranda (PL) justificou, mais cedo, a presença do seu nome na lista. Em entrevista ao jornal O Globo, o parlamentar disse que o nome do padre Lancellotti não constava no requerimento.
“Em nenhum momento foi citado o nome do padre no requerimento, se tivesse jamais teria assinado porque defendo o trabalho dele. O padre está lá para ajudar as pessoas, nós estamos do mesmo lado. O que está acontecendo é uma grande fake news, o vereador (Rubinho Nunes) está fazendo campanha política em cima”, afirmou o vereador.
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