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A explicação de Lula sobre o cancelamento de jantar com o príncipe que deu joias a Bolsonaro

A agenda estava prevista para a sexta-feira 23, em Paris, mas foi desmarcada pelo petista

O presidente Lula em viagem à França. Foto: Ricardo Stuckert
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O presidente Lula (PT) afirmou neste sábado 24 que o cancelamento de um jantar com o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, não ocorreu por receio de repercussão negativa. A agenda estava prevista para a sexta-feira 23, em Paris, mas foi desmarcada pelo petista.

Em 2021, MBS – sigla pela qual o príncipe é conhecido – entregou ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) joias como supostos presentes. As peças entraram ilegalmente no Brasil e resultaram em mais um escândalo para o governo do ex-capitão.

Anos antes, em 2019, bin Salman foi acusado de mandar matar um jornalista dissidente. Jamal Khashoggi, colunista do Washington Post crítico do regime saudita, foi assassinado e esquartejado em 2 de outubro de 2018, no consulado saudita em Istambul, na Turquia, quando compareceu ao local para recolher os documentos necessários para se casar com sua noiva, turca.

“Não pensei nisso”, disse Lula pouco antes de embarcar para a volta ao Brasil. “Sabia de uma proposta de uma reunião com o príncipe da Arábia Saudita, que queria discutir investimento no Brasil. Eu simplesmente não tive condições de participar da reunião e vou pedir para que o Itamaraty o convoque para ir ao Brasil discutir negócios com os empresários brasileiros.”

Lula disse ter “muito interesse” em investimentos sauditas no Brasil, especialmente em transição energética.

“Se a Arábia Saudita tiver interesse em investir no Brasil, pode ficar certo de que o Brasil terá interesse em conversar com a Arábia Saudita”, prosseguiu. “Independentemente das polêmicas, não estou preocupado com as joias, isso não é comigo.”

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