Política
A estratégia da campanha para derrotar o bolsonarismo em 2026, segundo Lula
O presidente, que buscará reeleição, tratou do tema em uma agenda na divisa entre os estados de Tocantins e do Pará
O presidente Lula (PT) resumiu, nesta terça-feira 18, a estratégia de campanha para derrotar, mais uma vez, o bolsonarismo na disputa pelo Planalto em 2026. O político voltou a indicar que será candidato à reeleição.
Segundo explicou em discurso proferido na divisa entre o Tocantins e o Pará, a sua campanha eleitoral terá o método da comparação como pilar principal.
“Nós vamos fazer comparação entre o que eles fizeram e o que nós fizemos para que o povo não vote nunca mais em uma mentira”, disse Lula, após listar uma série de áreas em que seu governo teria resultados positivos para mostrar, entre elas a ciência e tecnologia, a educação, o transporte, a saúde e o comércio exterior.
Para Lula, a comparação garantirá que o voto do eleitor não vá para um candidato que espalhe mentiras nas redes sociais. Neste trecho, criticou os políticos que usam as fake news como estratégia eleitoral: “é uma vergonha a quantidade de mentiras que esse país virou e a quantidade de político cretino que vive o dia inteiro no celular contando mentira”.
“Vamos entregar esse país com inflação mais baixa, com juros mais baixos, com salários mais altos e com o povo mais feliz”, disse Lula ainda sobre os temas que deverá abordar na estratégia de comunicação ao longo deste último ano de mandato.
Críticas sobre a idade
Lula, ainda no discurso, rebateu críticas sobre a sua idade. Ele tem 80 anos e disputará a eleição como o mais velho a ter ocupado o cargo de presidente.
“Tem pessoas que falam assim: ‘ah, o Lula está velho’. Mas eles não sabem de uma coisa: o fato do mundo ser redondo, da terra girar e os anos passarem não significa que você fica velho, porque o que é novo em mim é a minha motivação e a causa que eu tenho por este país”, disse.
“Vou dizer outra coisa: aquelas tranqueiras que governaram esse país não voltarão a governar mais”, emendou.
Neste trecho, o petista aproveitou também para voltar a alfinetar o governo de Jair Bolsonaro (PL), que atuou para tentar impedir que eleitores do PT fossem às urnas em 2022.
“Vai ter eleições limpas e democráticas. Todo mundo vai participar e não vai ter guarda rodoviário proibindo eleitores de votar e nem denúncia de urna falsa”, afirmou. “A minha democracia é assim: disputa quem quer, ganha quem pode e festeja quem ganhar. Nada de chororô”.
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