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‘A esquerda vem forte’, diz Janaína Paschoal ao ‘prever’ vitória de Lula e Haddad em 2022

Ao ser questionada se apoiará Bolsonaro ou Moro, respondeu que neste momento estaria ‘avaliando e ouvindo os candidatos’

Foto: Sérgio Galdino/Alesp
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A deputada estadual Janaína Paschoal (PSL-SP), de extrema-direita, reafirmou nesta sexta-feira 21 o seu desejo em concorrer ao Senado Federal, ainda que Jair Bolsonaro (PL) já tenha sinalizado que não pretende apoiá-la. Em uma entrevista ao site Jota, a parlamentar avaliou que a ‘esquerda virá forte’ e terá grandes chances de vencer nacionalmente com Lula e regionalmente com Fernando Haddad, em São Paulo.

“A esquerda vem forte. Nós corremos risco de ter o presidente da República da esquerda e, aqui, o governador de São Paulo idem. Não acho que não corramos esse risco. Corremos, sim”, disse Janaína ao defender uma maior união da direita.

Autora da peça jurídica que culminou no golpe da presidente Dilma Rousseff, Janaína, assim como Abraham Weintraub, parece ter embarcado de vez na briga para contrariar Jair Bolsonaro. Em São Paulo, estado em que ela pretende se lançar senadora, o presidente pretende lançar sua ministra Damares Alves. Recentemente, ela ironizou a sugestão do presidente em lançar a ministra.

Na conversa com o site, a parlamentar reafirmou que sairá do PSL e que a escolha do novo partido dependerá exclusivamente da sigla não ceder à pressão de Bolsonaro para retirar seu nome da lista de candidatos ao Senado. O mais cotado é o PRTB, do vice-presidente Hamilton Mourão.

“Eles [a filha do falecido Levi Fidélix e outros aliados] foram até lá a meu pedido para consultar o general [Hamilton Mourão] sobre a aceitação da minha entrada [no PRTB] e, principalmente, se a minha candidatura ao Senado estaria assegurada mesmo num cenário de o presidente Bolsonaro pedir para eu não ser a candidata do partido”, explicou.

Ela também negou qualquer chance de se aliar a Tarcísio de Freitas em uma chapa para o governo de São Paulo, garantindo, no entanto, que apoiará o candidato apadrinhado por Bolsonaro.

Ao ser questionada se apoiará então o presidente para a reeleição, não foi tão enfática e disse estar ‘avaliando e ouvindo os candidatos’. A declaração é uma nova sinalização a Sergio Moro (Podemos).

“Não voto na esquerda de jeito nenhum. Se o Moro for para o segundo turno, vou fazer campanha para ele. Se o Bolsonaro for para o segundo turno, vou fazer campanha para ele. Neste primeiro momento, estou ouvindo e avaliando os candidatos”, declarou para em seguida fazer uma série de elogios ao ex-juiz.

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