Política

A articulação de parlamentares para tirar bolsonarista investigado da CPMI do 8 de Janeiro

A Polícia Federal concluiu que André Fernandes incitou criminosos a invadirem e depredarem as sedes dos Três Poderes

A articulação de parlamentares para tirar bolsonarista investigado da CPMI do 8 de Janeiro
A articulação de parlamentares para tirar bolsonarista investigado da CPMI do 8 de Janeiro
Foto: Reprodução
Apoie Siga-nos no

Parlamentares da Federação PT-PCdoB-PV estudam pedir ao presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), a retirada do deputado federal André Fernandes (PL-CE) da CPMI aberta para investigar os atos golpistas de 8 de Janeiro.

A discussão ocorre um dia após a Polícia Federal concluir que o bolsonarista incitou criminosos a invadirem e depredarem as sedes dos Três Poderes, em Brasília.

De acordo com o deputado Rogério Correia (PT-MG), a ideia é que Fernandes, responsável pelo requerimento de criação da CPMI, não participe das próximas sessões do colegiado.

“Não faz sentido alguém que incitou os atos golpistas, que é investigado por isso, estar numa comissão cujo objetivo é identificar os responsáveis pela tentativa de golpe”, afirmou a CartaCapital. 

A abertura do inquérito contra Fernandes foi solicitada pela Procuradoria-Geral da República. Para a PF, a conduta do parlamentar pode ser enquadrada no artigo 286 do Código Penal, a mirar quem incita publicamente a prática de crimes.

“Depreende-se que ele coadunou com a depredação do patrimônio público praticada pela turba que se encontrava na Praça dos Três Poderes e conferiu ainda mais publicidade a ela (tendo em vista o alcance das suas redes sociais) restando, portanto, demonstrada sua real intenção com aquela primeira postagem, que era a de incitar a prática delituosa acima citada”, escreveram os investigadores.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo