Política

A articulação de Janja para discutir as demandas do Complexo do Alemão, no Rio

Em reunião, lideranças do Complexo projetam o retorno de obras habitacionais do PAC e um Instituto Federal

Foto: Cláudio Kbene
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Como parte da tarefa que chamou de “ressignificar o papel de primeira-dama”, Janja assumiu a responsabilidade de acompanhar pautas ligadas às periferias, incluindo o maior conjunto de favelas do Rio, o Complexo do Alemão.

Em 2022, uma visita à região gerou um imbróglio à base de fake news sobre inexistentes ligações entre o então candidato Lula e lideranças comunitárias com o crime organizado.

A primeira-dama viajou ao Complexo em março deste ano para conversar com 50 lideranças locais. Nesta terça-feira 11, representantes da comunidade foram a Brasília.

Janja e os ministros Jader Filho, das Cidades, e Camilo Santana, da Educação, se reuniram com uma comissão do coletivo Mulheres em Ação no Alemão. A líder do projeto é Camila Santos, conhecida como Camila Moradia.  

Em pauta, o esquecimento no antigo Programa de Aceleração do Crescimento, as obras de urbanização no Complexo e a retomada de uma promessa do governo de Dilma Rousseff sobre um instituto federal no Alemão. 

Segundo Camila, cerca de 2,3 mil famílias vivem do aluguel social, hoje em 216,34 reais. Ela ressalta a fatia da demanda que poderia ser resolvida, por exemplo, com o uso de terrenos disponíveis para construção de habitações.

A avaliação é que o PAC, que focava em obras de urbanização e desenvolvimento socioeconômico em áreas consideradas de risco, não foi plenamente colocado em prática. O governo Lula deve lançar ainda neste mês uma nova edição do programa.

Agora, o foco está em mapear as demandas de habitação para agir com políticas públicas adequadas, segundo Jader Filho. “Foi uma reunião muito importante para que a gente possa resgatar uma pauta tão importante como é a questão da moradia”, disse o ministro em conversa com CartaCapital.

Uma análise dos pleitos e das possíveis soluções deve ser entregue pela equipe da pasta ao ministro na quinta-feira 13. 

Na educação, o diálogo envolveu a retomada de uma proposta paralisada há quase dez anos: a do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro no Complexo do Alemão.

“Vamos agora, com a parceria do município, inclusive conversando com o prefeito Eduardo Paes, para que a gente possa entregar esse compromisso o mais rápido possível”, defendeu Camilo Santana. 

Para a comissão de moradoras presentes, os encontros marcam a reabertura de diálogo com o governo federal.

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