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A agenda de Lula na China

O brasileiro terá um importante encontro com o presidente Xi Jinping

O presidente Lula. Foto: Evaristo Sá/AFP
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O presidente Lula (PT) embarca para a China na próxima segunda-feira 10, após adiar a viagem por conta de uma pneumonia. A intenção, revelam os ofícios divulgados até aqui, é ficar no País por três dias. Ele será acompanhado por cerca de 40 políticos, entre eles Rodrigo Pacheco (PSD), presidente do Senado, e alguns ministros. O deputado Arthur Lira (PP-AL) chegou a ser convidado, mas, ao que tudo indica, deve permanecer no Brasil para seguir no comando da pauta da Câmara.

Por conta do longo trajeto até o País, a agenda oficial do petista inicia apenas no dia 13, quando estará definitivamente instalado em Xangai. Na cidade, participará do evento de posse de Dilma Rousseff como presidenta do Novo Banco de Desenvolvimento – o Banco dos Brics. Oficialmente, a ex-chefe do Executivo do Brasil já começou a trabalhar após ser eleita por unanimidade para o cargo, mas aguarda o aliado para um evento formal.

No dia seguinte, mostram os ofícios, Lula seguirá para Pequim, por lá, deve ocorrer o encontro mais esperado, com o presidente chinês, Xi Jinping. Na ocasião, Lula levará, além da retomada das parcerias econômicas, um apelo pela paz entre Rússia e Ucrânia. A reunião será mais uma cartada do petista em defesa da sua proposta de criação de um grupo de países que poderão buscar termos para o fim da guerra no leste europeu.

Conforme antecipado há algumas semanas, quando ainda se esperava que Lula fosse ao País no dia 25 de março, as agendas terão como foco atrair novos investimentos para o Brasil. A intenção é trazer recursos e projetos focados em energia, infraestrutura e saúde. China e Brasil já possuem a maior parceira comercial, O país respondeu pela maior participação nas exportações brasileiras em 2021: 31,28% do total, ou 87,7 bilhões de dólares. O objetivo é ampliar este montante.

Por conta da viagem adiada, Lula não conseguiu participar de uma série de encontros entre empresários chineses e brasileiros. As agendas, porém, foram mantidas naquela ocasião. Carlos Fávaro, ministro da Agricultura, também esteve no País naquele momento e conseguiu formatar uma série de acordos, que aguardam a assinatura do petista.

Inicialmente, conforme revelou o site Poder360 no dia 17 de março, Lula esperava voltar com 30 acordos oficializados. A pedido dos chineses, porém, o volume final deve ficar entre 15 e 20 termos de parceria. A maior parte das negociações ficará em torno de tecnologias como 5G e satélites, mas há ainda possibilidades de avançar em negociações para a retomada da produção de semicondutores.

Após o encontro com Xi Jinping, Lula retornará ao Brasil, novamente em uma viagem que durará cerca de dois dias. O deslocamento contará com uma parada de Lula nos Emirados Árabes, onde o presidente passará uma noite.

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