Afonsinho

Médico e ex-jogador de futebol brasileiro

Opinião

Messi cravou o posto de maior craque do seu período

O argentino fez a trajetória completa para obter esse reconhecimento que, se não se concretizasse sua vitória no mundial do Catar, não viria

Foto: Paul ELLIS / AFP
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O futebol foi o grande vencedor da Copa do Catar. A finalíssima foi reconhecida como a melhor de todos os tempos. A partida teve de tudo e teve muitos vitoriosos: Messi, Fifa, Catar, Argentina, Marrocos e África.

A Copa começou com alguns jogos fracos e muitas “zebras”, o que é comum em todos os inícios de competições, dada a instabilidade pela sensação de não se saber o que vai acontecer dali pra frente, e com todos pretendendo o troféu de Ouro.

No meio dos vitoriosos, incluo Marrocos, primeiro país africano a ficar entre os quatro melhores colocados. Eu fiquei surpreso e encantado com a seleção do país africano.

Na abertura da Copa, escrevi com entusiasmo sobre este momento ser uma grande oportunidade de estreitar as relações com nossos países vizinhos.

Por essa razão, tenho vibrado bastante com o sucesso dos “hermanos”. Embora existam torcedores que insistem em ter os jogadores argentinos como os “inimigos” de sempre, foi impressionante para todo mundo Messi ter conquistado o apoio da imensa maioria dos torcedores brasileiros para a decisão final. É um bom sinal para o nosso futuro.

Messi foi, entre os jogadores, o grande vencedor da Copa de 2022. Ele passou a carreira praticamente toda sob a desconfiança inaceitável de seus compatriotas por ser um jogador desta época na qual os jovens atletas partem ainda crianças para outros países – algo que ocasiona uma dissociação cruel com suas origens.

Sempre coloquei esse assunto nos termos de que, sendo Messi o melhor jogador do mundo e não tendo sucesso na seleção, o problema era a seleção, e não o jogador.

Vencer essa Copa aos 35 anos virou, portanto, um ponto crucial em sua carreira. Ao vencer com todo o brilho que teve, ele cravou o posto de maior craque do seu período, tendo conquistado, com destaque, campeonatos em todos os níveis que disputou.

Messi fez a trajetória completa para obter esse reconhecimento que, se não se concretizasse sua vitória no mundial do Catar, não viria.

Todas as honras lhe são devidas nessa Copa. Com seu elevado poder de concentração, ele superou vários apertos até conquistar essa merecida alegria.

Nos últimos dias, à falta de coisa melhor para falar, começaram a “maradonizar” o campeoníssimo. As pessoas não se cansam de inventar fofocas. Essa discussão não existe. Maradona foi o melhor de sua época, assim como o foram Garrincha, Pelé, e outros mais. Agora Messi é o maior e ponto.

Entre os jogadores de grande destaque, me impressionei muito com Ivan Perišić, da Croáci, enquanto se preocupavam com o magnifico Modric. O argentino De Paul me ganhou desde o primeiro minuto do primeiro jogo, no par ou impar para escolher os times seria o primeiro eleito. Outros jogadores marcantes foram Enzo Fernandez e Julian Alvarez.

Parabéns aos campeões mundiais de 2022, e vamos ao novo ciclo de 2026.

Este texto não representa, necessariamente, a opinião de CartaCapital.

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