Inflação de agosto continua moderada

Para 2013, espera-se o menor aumento dos preços em três anos. Por João Sicsú

O grupo 'alimentação e bebidas', que pressionou de forma demasiada a inflação de janeiro a maio, se manteve estável. Aumentou 0,01%

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O IBGE divulgou a inflação de agosto: 0,24%. A inflação acumulada no ano é de 3,43%, ainda muito longe do limite máximo da meta para dezembro que é de 6,5%. A última pesquisa de mercado (Focus do Banco Central), que já considerava os efeitos da desvalorização cambial, apontava para uma inflação de 5,83% para 2013. Portanto, a economia tem uma inflação moderada e que está sob controle.

O grupo “alimentação e bebidas”, que pressionou de forma demasiada a inflação de janeiro a maio, se manteve estável. Aumentou somente 0,01%. A cebola caiu mais de 22%. Em compensação o leite longa vida já aumentou neste ano 25%. Outro grupo que tem peso importante também teve comportamento benigno em agosto. Transportes caíram 0,06%. Nos últimos dois meses, as tarifas de ônibus ficaram 3,15% mais baratas. Contribuiu para elevar a inflação o item “serviços médicos e dentários” que subiu 1,37%. O grupo “educação” também aumentou 0,67%.

O comportamento da inflação é aceitável. A inflação de 2013 terá um comportamento muito semelhante à inflação de 2011 e 2012. E talvez seja a menor dos últimos três anos. Mas por que o Banco Central continua elevando os juros? É simples: eleva os juros para evitar uma desvalorização abruta da taxa de câmbio – não eleva porque pretende controlar diretamente a inflação. Melhor seria se o Banco Central utilizasse somente o colchão de reservas que possui para combater os efeitos da fuga dos capitais especulativos. Mas muito melhor seria se o país tivesse controle sobre o movimento de capitais e nossa taxa de câmbio não dependesse dos humores rentistas dos capitais internacionais especulativos.

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