Aldo Fornazieri

Doutor em Ciência Política pela USP. Foi Diretor Acadêmico da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP), onde é professor. Autor de 'Liderança e Poder'

Opinião

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Hora de virar a página

O presidente Lula montou um ministério experiente, representativo e plural. Agora, precisa aprender a lidar com o desastroso legado de Bolsonaro e criar uma agenda positiva

Foto: EVARISTO SA/AFP
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O golpe frustrado de 8 de janeiro, a crise militar e a tragédia dos Yanomâmis foram acontecimentos que se impuseram pela sua gravidade sobre outras pautas, que mereciam e merecem um debate público neste início do terceiro governo Lula. Mesmo reconhecendo a prioridade dos fatos citados, penso ser conveniente introduzir outros pontos no debate.

O primeiro ponto a ser constatado é que o governo começou com certo déficit democrático. A campanha do primeiro turno iniciou com determinada composição, definida por um conjunto de diretrizes programáticas. Na verdade, os programas de governo dos candidatos tiveram pouca relevância. No segundo turno, Lula ampliou o leque de alianças, tendo Simone Tebet como a mais notória figura dessa ampliação. Programaticamente, pouco mudou em relação a primeiro turno. Finalmente, a composição ministerial foi ainda mais ampla, agregando partidos e setores de partidos que formalmente não apoiaram a candidatura Lula.

Este texto não representa, necessariamente, a opinião de CartaCapital.

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