Economia

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Dogmas monetários renitentes

Roberto Campos Neto está virando unanimidade negativa

No limite. Para 76% dos brasileiros, Lula está certo ao confrontar Campos Neto, do BC, para reduzir os juros - Imagem: Raphael Ribeiro/BCB
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O problema que o Banco Central representa vem se agravando com a teimosia do seu presidente, que insiste em manter os juros na lua e demora a sinalizar o início da redução, já tardia, uma vez que a maioria dos indicadores relevantes justifica cada vez mais claramente essa redução. Não quero falar hoje da conjuntura da política monetária brasileira, mas sim de questões estratégicas que permeiam o debate sobre moeda e juros, não só no Brasil, como também em muitos outros países, mas que nem sempre são explicitadas e sequer reconhecidas nas discussões nacionais. Elas constituem o pano de fundo para as dificuldades que enfrentamos na área monetária.

Refiro-me a duas questões interligadas: a autonomia legal do BC e o regime de metas de inflação. São políticas reverenciadas entre nós, mas muito discutíveis, para dizer o mínimo. Viraram dogmas desde o início dos anos 1990 em grande parte do mundo ocidental, e acabaram sendo importadas pelo Brasil – o regime de metas em 1999 e a autonomia legal do BC em 2021.

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