Marcos Coimbra

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Sociólogo, é presidente do Instituto Vox Populi e também colunista do Correio Braziliense.

Opinião

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Dianteira confortável

Esquerda e direita não mudaram de tamanho nas pesquisas eleitorais. Ora, quem ganha com a estabilidade nas intenções de voto?

O ex-presidente Lula (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL). Fotos: Ricardo Stuckert e Alan Santos/PR
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A eleição de 2022 começou em março do ano anterior. Foi quando Lula retomou seus direitos políticos, tornou-se candidato e passou a ser o principal antagonista de Jair Bolsonaro. Esse nunca escondeu sua intenção de permanecer no poder, dentro da lei ou na marra. Para os que, na direita, se incomodavam com ele, nunca faltaram motivos para removê-lo, listados em mais de cem pedidos de impeachment a entupir as gavetas do presidente da Câmara. A um simples estalar de dedos dos poderosos, Arthur Lira se apressaria a fazer com que um tramitasse. Ao contrário do que se andou dizendo, não foi a esquerda (ou Lula) que preferiu ter Bolsonaro como adversário. Quem o escalou foi a direita.

Nunca, em nossa história, passamos por um processo eleitoral tão longo. Quem achar que, em 1998, na reeleição de Fernando Henrique, tudo estava resolvido desde muito cedo, não se esqueça que, até junho de 1997, nem sequer a hipótese de reeleição existia. As outras foram todas mais curtas. Além de longo, vivemos um processo fundamentalmente estável, sem subidas e descidas, sustos ou sobressaltos. Na média dos resultados de todas as pesquisas presenciais feitas em maio de 2021, Lula alcançava 42%, Bolsonaro ficava com 24% e o conjunto de outros candidatos de direita obtinha 15%. Agora, no início de setembro de 2022, na mesma métrica, Lula tem 44%, Bolsonaro 32% e os “outros” recebem 5%.

Este texto não representa, necessariamente, a opinião de CartaCapital.

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