Opinião

‘Biscoito Fino Brasil 2023’

Como o anglicismo sempre foi tesão nacional, ‘cookies’ fica melhor do que biscoitos, bolachas, broinhas com pingos de chocolate

Foto: EVERT ELZINGA/AFP/GETTY IMAGES
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Hoje em dia, é muito frequente quando você entra num site da internet ser alertado de que lá são usados cookies e indagado se a isso se submete.

Se estiver interessado no assunto lá contido, duvido que não o irá permitir, mesmo sem saber a que se exporá ou, pior, esperançar receber de presente uma quantidade de deliciosos biscoitos de origem norte-americana ou de lá copiados.

Como o anglicismo sempre foi tesão nacional, cookies fica melhor do que biscoitos, bolachas, broinhas com pingos de chocolate. Em diversas regiões do Brasil, podem ser conhecidos por “munhecados” ou “pitombeiras”. E assim ficamos, apesar de os fazermos tão bem quanto os ianques.

Para fazê-los você precisará de farinha de trigo, açúcares granulado e mascavo, manteiga, ovo, fermento (químico) ou bicarbonato de sódio, baunilha, sal e gotas de chocolate meio amargo – o amargor se deve aos últimos quatro anos do governo que tentou arruinar o País.

Em casos mais específicos e gourmets, como o do colunista, adicionar meio copo americano (homenagem aos inventores do acepipe) de cachaça de Salinas (MG).

Puro e de bom coração como foi Capitão Virgulino, o Rei do Cangaço, recomendo que a manteiga venha da Mantiqueira mineira, a farinha de Cabrobó (PE), o chocolate da região de Itabuna (BA) e o sal do Rio Grande do Norte.

Para mexer a massa e assá-la usem de mais um dos tesouros brasileiros, a beleza de nossa gente. Mas ó, nanico manquitola há dois anos, sem nenhuma música para requebro na hora da mexida? Nunca! Justo eu, cronista que gosta de acrescentar a seus textos uma pérola do cancioneiro nacional?

Por acaso, não nos referimos a cookies, um “Biscoito Fino”? Pois é, pesquisem o álbum do mesmo nome e descubram como, realmente, entramos numa fase de reconstrução, a partir, também, de nossas artes e cultura.

No mais agropecuaristas, que produzam qualquer ingrediente aqui citado para fazer cookies culinários, e não da internet, se bem embalados, seguidas as instruções para servir aos regulamentos de exportação, com clientes no exterior interessados, estarão no agronegócio. Poderão até ser chamados ruralistas, sem qualquer demérito. O mesmo para caboclos, campesinos, lavradores, sertanejos, tabaréus, poderão pertencer à agricultura familiar, ainda sem qualquer demérito, podendo também se juntar a ruralistas.

Daí a imbecilidade aqui construída em colocar esses dois segmentos em contraposição. Sim, commodities, como os grãos cotados em bolsas internacionais e que sofrem de variação cambial, como os demais produtos alimentícios que servem ao mercado interno, precisam de apoio governamental em momentos diversos e de acordo com suas características e competitividades, o que faz essencial o atual governo ter voltado com o Ministério do Desenvolvimento Agrário, bem como em relação aos de sentido identitário.

Inté. Não ao Marco Temporal!

Este texto não representa, necessariamente, a opinião de CartaCapital.

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