Abjeta retaliação

O corajoso contraponto crítico do juiz Eduardo Appio ao lavajatismo acarretou seu ilegítimo afastamento cautelar. É preciso restaurar a justiça

O novo juiz da Lava Jato, Eduardo Appio. Foto: Justiça Federal

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O juiz natural da 13ª Vara Federal de Curitiba, berço da Lava Jato, Eduardo Appio, foi afastado cautelarmente pela Corte Especial Administrativa da Corregedoria Regional da Justiça Federal da 4ª Região no âmbito de uma investigação disciplinar. Sem que lhe fosse oportunizado o direito à ampla defesa e ao contraditório, subtraiu-se a garantia constitucional de inamovibilidade através de sanção extremamente drástica e de efeitos inegavelmente irreversíveis, ao menos em sua totalidade.

O órgão disciplinar local não reúne, porém, as condições necessárias para promover o devido processo legal, bem como o julgamento justo, o que pressupõe imparcialidade, bem como isenção e neutralidade. Com efeito, a prestação jurisdicional do magistrado vem ocorrendo em contraponto crítico ao lavajatismo. As indisposições locais nasceram aí.

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1 comentário

PAULO SERGIO CORDEIRO SANTOS 4 de junho de 2023 04h25
O que está a acontecer com o juiz Eduardo Appio de Curitiba, onde está sendo processado administrativamente, tendo sido afastado de seu cargo, ao arrepio da lei é exatamente o oporto do que sucedeu com o então juiz Sérgio Moro que teve todas as garantias e salvo conduto para praticar seus atos ilegais como juiz tendo o TRF-4 até corroborado com suas decisões que foram anuladas pelo STF quando instado a decidir sobre o processo do presidente Lula. Mais uma vez Franz Kafka encontra-se no cenário judicial brasileiro e Josef K está sendo representado não mais pelo presidente Lula, mas pelo Juiz Appio. E esse TRF-4 figura como o tal mecanismo sinistro da violência irracional que vitimiza não somente esses agentes públicos Lula e Appio, mas a própria justiça.

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