O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou, nesta segunda-feira 21, que não aceitará um “ultimato” por parte do Kremlin como forma de parar a invasão a seu território.
O ucraniano ainda pediu que o chefe do governo russo, Vladimir Putin saia da sua “bolha de informação” e inicie um diálogo.
“Não estamos preparados para ultimatos. O que Putin deve fazer é iniciar o diálogo em vez de viver numa bolha de informação sem oxigênio”, afirmou Zelensky em uma entrevista à rede de televisão norte-americana ABC.
O presidente ucraniano também questionou a veracidade das informações repassadas ao Kremlin.
A proposta do governo russo para interromper a ofensiva à Kiev determina uma renúncia ucraniana da adesão a Otan, bem como o reconhecimento da Crimeia como território russo e a independência das regiões separatistas do Donbass, atualmente ocupada por tropas russas.
Mais uma vez, Zelensky tentou obter apoio militar norte-americano. “Tenho a certeza de que os bravos soldados americanos derrubariam (os mísseis russos) que são lançados contra os estudantes. Tenho a certeza de que não hesitariam em fazê-lo”, disse.
Após a entrevista, contudo, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, voltou a reforçar a posição de neutralidade militar norte-americana afirmando que, nem Washington, nem a Otan apoiarão o pedido de Zelensky para a criação de uma zona de exclusão aérea sobre a Ucrânia.
Apesar do anúncio de envio de armas e munição à Ucrânia, a cúpula da Otan já afirmou que não enviará soldados ou aviões ao país.
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