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“Venezuela está com Putin”, diz Maduro

Maduro lembrou que seu antecessor, Hugo Chávez, apoiou a Rússia em outros conflitos territoriais e sustentou que a amizade com o “povo da Rússia” permanecerá “para sempre”

Foto: Federico Parra / AFP
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O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, apoiou nesta terça-feira (22) as ações do homólogo russo, Vladimir Putin, após a decisão de Moscou de enviar tropas às regiões separatistas da Ucrânia.

“A Venezuela está com Putin, está com a Rússia, está com as causas corajosas e justas do mundo, e vamos nos aliar cada vez mais”, disse Maduro em encontro com ministros transmitido pela televisão.

As declarações de Maduro acontecem em meio a uma escalada do conflito com o reconhecimento da Rússia dos territórios separatistas no leste da Ucrânia.

Maduro lembrou que seu antecessor, Hugo Chávez, apoiou a Rússia em outros conflitos territoriais e sustentou que a amizade com o “povo da Rússia” permanecerá “para sempre”.

De fato, Chávez apoiou a Rússia durante a guerra com a Geórgia em agosto de 2008 pelo controle da Ossétia do Sul. Após o conflito, Moscou reconheceu a independência desta província e da Abkhazia, outra região georgiana separatista pró-Rússia.

“Sempre Venezuela, sempre a revolução chavista com Putin, com a Rússia, com o povo da Rússia”, observou Maduro, que recebeu o vice-primeiro-ministro russo, Yuri Borisov, na semana passada em Caracas.

“A Venezuela anuncia todo seu apoio ao presidente Vladimir Putin em defesa da paz na Rússia, em defesa da paz naquela região, em defesa corajosa, todo apoio à Rússia!”, exclamou.

O presidente também disse que os Estados Unidos e a “Otan pretendem por meios militares acabar com a Rússia”.

“Eles pretendem cercar a Rússia, apontar todas as armas da Otan”, cujo secretário-geral estimou que a Rússia está preparando um ataque de “grande escala” contra a Ucrânia.

A Rússia tem sido um dos principais aliados de Maduro diante da pressão internacional liderada pelos Estados Unidos para removê-lo do poder com uma bateria de sanções financeiras.

Semanas atrás, já com a tensão instalada na fronteira com a Ucrânia, o ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, cogitou um eventual enviou de forças militares à Venezuela e Cuba, algo que nunca foi oficializado.

As relações entre Moscou e Caracas se estreitaram com a chegada ao poder de Chávez em 1999 (governou até sua morte em 2013), que comprou centenas de milhões de dólares em armas e equipamentos militares russos em meio a um boom do petróleo que terminou em 2014.

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