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Venezuela declara na ONU que sanções são crimes contra humanidade

A ‘guerra econômica’, como definiu, gerou para o país um prejuízo de 150 bilhões de dólares nos últimos anos

Venezuela declara na ONU que sanções são crimes contra humanidade
Venezuela declara na ONU que sanções são crimes contra humanidade
O chanceler da Venezuela, Carlos Faria. Foto: Reprodução
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O chanceler da Venezuela, Carlos Faria, atacou neste sábado nas Nações Unidas as sanções que a comunidade internacional impôs ao seu país, chamando-as de crimes contra a humanidade.

Essas “medidas cruéis” – 913 no total, especificou Faria – se traduzem “concretamente em sofrimento, privações e agressões sistemáticas que restringem a vida e os direitos coletivos do meu país, motivo pelo qual não hesitamos em denunciar essas medidas cruéis como crimes contra a humanidade”, disse Faria na tribuna da Assembleia Geral das Nações Unidas.

A “guerra econômica”, como definiu, gerou para o país um prejuízo de 150 bilhões de dólares nos últimos anos e impediu, durante a pandemia, “a compra de medicamentos e vacinas”.

O chanceler, que leu uma carta do presidente Nicolás Maduro em uma sala parcialmente vazia, acusou a Europa e os Estados Unidos de usar essa “estigmatização” para perpetrarem o “espólio mais descarado” do patrimônio venezuelano e seus ativos no exterior.

Faria citou, entre outros, o “sequestro” das 31 toneladas de reservas de ouro venezuelano depositadas no Banco da Inglaterra, cujo valor é estimado em 1,3 bilhão de dólares, e o “roubo” nos Estados Unidos da empresa Citgo Petroleum Corporation, avaliada em mais de 30 bilhões de dólares, aos quais se soma o bloqueio de mais de 10 bilhões de fundos e depósitos venezuelanos em bancos estrangeiros.

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