Economia

Veja as empresas que começaram a cortar seus negócios com a Rússia após invasão à Ucrânia

Do petróleo ao setor financeiro, companhias interrompem atividade no país ou cortam exportações para os russos

Bandeira russa tremula no Kremlin. Foto: Alexander NEMENOV / AFP
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À medida que aumentam as sanções de países ocidentais contra a Rússia após a invasão à Ucrânia, uma série de empresas dos mais diferentes setores anunciou o fim de atividades e investimentos na Rússia e a paralisação de exportações de produtos para o país.

De petroleiras até empresas de leasing de aeronaves, passando por companhias do setor de telecomunicações, o cerco contra os russos aumenta.

Veja alguns exemplos abaixo:

A maior empresa de leasing de aeronaves do mundo, AerCap Holdings, com sede em Dublin, deixará a atividade de leasing com as companhias aéreas russas.

A empresa diz que cerca de 5% de sua frota em valor contábil líquido estava alugada para companhias aéreas russas no final de 2021.

A montadora sueca Volvo Cars anunciou, nesta segunda-feira, que suspenderá as remessas de carros para o mercado russo até novo aviso. A empresa se torna a primeira montadora internacional a adotar uma medida nesse sentido.

Em um comunicado fornecido por e-mail, a empresa disse que tomou a decisão por causa de “riscos potenciais associados ao comércio de material com a Rússia, incluindo as sanções impostas pela UE e pelos EUA“.

A Volvo vendeu cerca de 9 mil carros na Rússia em 2021, com base em dados do setor.

A BP está abandonando sua participação na gigante petrolífera russa Rosneft no fim de três décadas de operação no país.

A BP recebeu receita da Rosneft na forma de dividendos que totalizaram cerca de US$ 640 milhões em 2021, cerca de 3% de seu fluxo de caixa geral de operações.

A Daimler Truck está planejando congelar suas atividades comerciais na Rússia com efeito imediato, incluindo a cooperação com a fabricante de caminhões russa Kamaz.

Não serão construídos mais caminhões sob a parceria conjunta com a Kamaz e não serão fornecidos mais componentes, disse o grupo em um memorando interno visto pela Reuters.

O grupo norueguês de energia Equinor iniciará o processo de desinvestimento de suas joint ventures na Rússia.

A empresa está presente na Rússia há mais de 30 anos e, em 2012, concordou com uma cooperação estratégica com a russa Rosneft.

A operadora de telecomunicações sueca Ericsson está suspendendo suas entregas para a Rússia enquanto avalia o impacto potencial das sanções em seus negócios no país.

O banco global HSBC está começando a encerrar as relações com uma série de bancos russos, incluindo o segundo maior, o VTB.

O banco tem pouca exposição direta na Rússia, com cerca de 200 funcionários e receita anual de US$ 15 milhões no país, contra sua receita global de US$ 50 bilhões.

O grupo de transporte marítimo Maersk considera suspender todas as reservas de contêineres dentro e fora da Rússia em preparação para sanções e restrições impostas contra o país.

O Grupo Mercedes-Benz está analisando opções legais para alienar sua participação de 15% na Kamaz o mais rápido possível, informou o jornal alemão Handelsblatt

A fabricante de pneus finlandesa Nokian Tires está transferindo a produção de algumas de suas principais linhas de produtos da Rússia para a Finlândia e os Estados Unidos.

A Nokian produz aproximadamente 80% de sua capacidade anual de 20 milhões de pneus na Rússia, onde emprega cerca de 1.600 pessoas, disse um porta-voz da empresa.

A empresa de energia dinamarquesa Orsted parou de fornecer carvão e biomassa russos para suas usinas, mas continuará comprando até 2 bilhões de metros cúbicos de gás natural da Gazprom por ano sob um contrato de longo prazo.

A Orsted também disse que não está firmando novos contratos com empresas ou usando fornecedores da Rússia.

A montadora francesa Renault suspenderá algumas operações em suas fábricas de montagem de automóveis na Rússia na próxima semana devido a gargalos logísticos que causaram escassez de componentes.

A Renault está entre as empresas ocidentais mais expostas à Rússia, onde obtém 8% de seus principais lucros, segundo o Citibank. Controla a Avtovaz, a maior montadora da Rússia.

O grupo de engenharia sueco Sandvik está suspendendo suas operações na Rússia.

A Sandvik gerou cerca de 3,5% de sua receita de 2021 na Rússia. O grupo não tem produção no país, mas cerca de 900 funcionários em vendas e serviços.

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