Mundo
União Europeia decide dificultar emissão de vistos para turistas russos
Parte deste acordo com Moscou já havia sido suspenso para certas pessoas, incluindo políticos e empresário


Os 27 Estados-membros da União Europeia (UE), cujos ministros das Relações Exteriores se reuniram nesta terça (30) e quarta-feira (31) em Praga, concordaram em suspender totalmente o acordo de facilitação de vistos que existe entre a UE e a Rússia desde 2007.
Parte deste acordo com Moscou já havia sido suspenso para certas pessoas, incluindo políticos e empresários. Mas o compromisso alcançado em Praga nesta quarta-feira (31) amplia consideravelmente o número de cidadãos russos que não poderão mais obter vistos turísticos simples e rápidos válidos em todos os países Schengen.
Josep Borrell, chefe da diplomacia europeia, disse que os ministros reunidos em Praga haviam concordado que as relações com Moscou “não podem permanecer inalteradas” e que o acordo, concluído em 2007, deveria ser “totalmente suspenso”.
“Riscos para a segurança”
Após a reunião de Praga, ele disse que a suspensão tornaria “mais difícil” e “mais longo” para os cidadãos russos a obtenção de vistos. “Isto reduzirá significativamente o número de novos vistos emitidos pelos Estados-membros da UE”, acrescentou.
A Finlândia, a Polônia, os Estados bálticos e a República Tcheca, entre outros, haviam defendido a proibição total de todos os vistos turísticos. Os chefes da diplomacia da Estônia e da Letônia citaram “riscos para a segurança” e estão considerando medidas nacionais.
O acordo alcançado hoje ainda precisa ser formalmente aprovado em Bruxelas. “Este é um sinal para a elite em Moscou e São Petersburgo. (…) Acredito que poderemos propor outras medidas”, disse o Ministro tcheco Jan Lipavsky, cujo país detém atualmente a presidência do Conselho da UE.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.
O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.
Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.
Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.
Leia também

Rússia culpa Ucrânia por morte de filha de ideólogo russo próximo de Putin; Kiev teme represálias
Por RFI
Chefe da ONU pede para suspender ‘barreiras’ às exportações russas de fertilizantes
Por AFP