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Ucrânia vê ‘pequenos avanços’ em nova conversa com a Rússia; Putin reforça lista de condições

Segundo negociador ucraniano, as partes continuarão ‘com as consultas intensivas sobre o bloco político básico dos regulamentos’

Registro da terceira etapa de negociações entre Rússia e Ucrânia. Foto: Governo de Belarus
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Terminou a terceira rodada de negociações entre as delegações de Rússia e Ucrânia, em Belarus, nesta segunda-feira 7. As conversas ocorreram na região de Brest, perto da fronteira com a Polônia, e duraram cerca de três horas.

Segundo Mikhail Podolyak, um dos negociadores ucranianos, “houve um pequeno movimento positivo para melhorar a logística dos corredores humanitários”. Podolyak é assessor de gabinete do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

O membro da delegação da Kiev também afirmou que as partes planejam continuar as negociações de aspectos políticos, mas não forneceu detalhes.

“Continuamos com as consultas intensivas sobre o bloco político básico dos regulamentos, juntamente com um cessar-fogo e garantias de segurança”, acrescentou.

À mídia russa, o principal negociador do Kremlin, Vladimir Medinsky, declarou que a delegação ucraniana deu garantias de que os corredores humanitários começarão a funcionar normalmente na terça-feira 8. Afirmou também que a Rússia esperava assinar protocolos sobre diversas questões, mas isso não aconteceu.

“Esperamos que da próxima vez possamos fazer um avanço mais significativo”, acrescentou, em uma entrevista coletiva transmitida pelo canal russo Rossia 24.

Antes da reunião, o porta-voz do governo da Rússia, Dmitry Peskov, insistiu em uma lista de exigências para interromper a operação militar deflagrada contra a Ucrânia.

Peskov reforçou, em entrevista à agência Reuters, que o governo de Vladimir Putin exige da Ucrânia o fim de ações militares; que mude sua Constituição a fim de garantir que não se juntará à União Europeia ou à aliança militar do Ocidente, a Otan; que reconheça a Crimeia como território russo; e que reconheça as repúblicas separatistas de Donetsk e Lugansk como estados independentes.

Na entrevista, o porta-voz do Kremlin ainda afirmou que o governo ucraniano está ciente das condições. “Eles foram informados de que tudo isso pode ser interrompido em um momento.”

“Nós realmente estamos terminando a desmilitarização da Ucrânia. Nós vamos terminar isso. Mas o principal é que a Ucrânia cesse sua ação militar. Eles deveriam parar com sua ação militar e, então, ninguém atirará”, completou Peskov.

Nesta segunda, o Exército russo anunciou a suspensão dos ataques em algumas regiões, “com fins humanitários”, e a abertura de corredores para retirar os civis de Kiev, Kharkiv, Mariupol e Sumy. Metade dos corredores, porém, segue em direção a Rússia e Belarus, e o governo ucraniano rejeitou a proposta.

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