Mundo
Ucrânia está disposta a aceitar ‘neutralidade’ cobrada pela Rússia, diz Zelensky
‘Este ponto das negociações (…) está em discussão, é estudado a fundo’, disse o presidente ucraniano neste domingo 27


A “neutralidade” da Ucrânia, um dos pontos centrais das negociações com a Rússia para encerrar o conflito, está sendo “estudada a fundo”, disse o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, em entrevista à imprensa russa neste domingo 27.
Uma das cláusulas das negociações é a de “garantias de segurança e neutralidade, o status livre de armas nucleares de nosso Estado”, disse em entrevista online, transmitida pelo canal de Telegram da administração presidencial ucraniana.
“Estamos dispostos a aceitá-lo”, continuou. “Este ponto das negociações (…) está em discussão, é estudado a fundo.”
“Mas não quero que seja mais um documento no estilo do Memorando de Budapeste”, acrescentou, referindo-se aos acordos assinados pela Rússia em 1994 que garantiam a integridade e a segurança de três ex-repúblicas soviéticas, incluindo a Ucrânia, em troca de desistir das armas nucleares herdadas da URSS.
As delegações russa e ucraniana se reunirão no início desta semana na Turquia para uma nova rodada de negociações presenciais, anunciaram os dois lados.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.
O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.
Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.
Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.
Leia também

Rússia e Ucrânia retomam nos próximos dias negociação presencial na Turquia
Por AFP
Rússia reage aos EUA e diz que não cabe a Biden decidir quando Putin deixará o poder
Por CartaCapital
Lei assinada por Putin levará à prisão quem divulgar ‘fake news’ sobre ações russas no exterior
Por AFP