Mundo

Trump visita a fronteira no Texas, que prepara lei para impedir entrada de migrantes

Enquanto seu futuro é decidido nos tribunais, o ex-presidente americano prossegue com as atividades de campanha visando as primárias de março e a eleição presidencial de novembro de 2024

Foto: TIMOTHY A. CLARY / AFP
Apoie Siga-nos no

O ex-presidente americano Donald Trump, pré-candidato nas eleições de 2024, visita neste domingo (19) a fronteira do Texas com o México ao lado do governador Greg Abbott, que se prepara para promulgar uma lei para impedir a entrada de migrantes sem documentos.

Enquanto seu futuro é decidido nos tribunais, Trump prossegue com as atividades de campanha visando as primárias de março e a eleição presidencial de novembro de 2024. O estado conservador do Texas, no sul dos Estados Unidos, é um reduto importante para o republicano.

Trump visitou Houston há duas semanas e afirmou que “sempre” cuidará do Texas. Ele defendeu as indústrias do petróleo e do gás, motores da economia texana e do país.

Na sexta-feira, uma procuradora da Geórgia pediu a um juiz que programasse para agosto de 2024 o início do julgamento contra Trump por supostamente ter conspirado para alterar os resultados das eleições de 2020 no estado.

Segundo a imprensa americana, a visita de Trump incluirá uma caminhada pela fronteira comum com o México, onde ele distribuirá alimentos às forças de segurança do Texas que protegem os limites do país.

Durante a semana, o Congresso do Texas aprovou uma norma que transformará em crime estadual a entrada ilegal de migrantes em seu território e atribuirá às autoridades locais o poder de detenção e até de expulsão para o território mexicano.

Abbott já antecipou que promulgará a norma. “Estas leis dão ao Texas novas ferramentas para combater as travessias ilegais na fronteira. O Texas continua mantendo a linha em meio à crise fronteiriça do presidente Joe Biden“, disse o governador durante a semana.

Trump e Abbott defendem a continuidade da construção de um muro na fronteira.

Os dois responsabilizam Biden pela crise migratória nos Estados Unidos e acusam o presidente democrata de ser flexível com a entrada irregular de pessoas procedentes principalmente da América Latina, que afirmam fugir da pobreza e violência em seus países.

Para Biden, a migração é um tema crucial para seu objetivo de reeleição. Ele solicitou recursos milionários ao Congresso para que o governo contrate agentes, advogados e especialistas em asilo.

Na sexta-feira, durante uma reunião de líderes do Fórum de Cooperação Econômica Ásia Pacífico (APEC), Biden se reuniu com o presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, e os dois abordaram a questão.

Biden agradeceu a López Obrador por sua “cooperação” para enfrentar os “níveis históricos de migração”. Um porta-voz do governo americano disse que Washington está “agradecido” pela ação do México “para mobilizar uma operação de contenção efetiva” e controlar o fluxo migratório.

O presidente mexicano chamou Biden de “homem bom” e disse que ele é “o primeiro presidente dos Estados Unidos nos últimos tempos que não construiu muros”.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo