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Trump recorre de multa de US$ 355 milhões por fraude financeira

O valor foi imposto por um tribunal de Nova York após constatar que Trump manipulou valores de suas propriedades para obter de forma fraudulenta melhores condições de crédito

Foto: Eduardo Munoz Alvarez/AFP
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O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump recorreu da multa de US$ 355 milhões (R$ 1,77 bilhão) imposta por um tribunal de Nova York após constatar que manipulou valores de suas propriedades para obter de forma fraudulenta melhores condições de crédito, segundo documentos judiciais divulgados nesta segunda-feira 26.

Trump – cuja indicação como candidato à presidência pelo Partido Republicano para as eleições de novembro está quase garantida – havia prometido apelar da decisão do juiz Arthur Engoron.

“O presidente Donald J. Trump, Donald Trump Jr., Eric Trump, Allen Weisselberg… pela presente apelam ante a Divisão de Apelações”, diz o texto apresentado, no qual também constam os dois filhos do político republicano.

A apelação significa que o caso, e o importante risco financeiro que ele representa para o magnata, seguirão sobre a mesa quando a campanha presidencial começar e, possivelmente, até depois da votação de novembro.

Em sua resolução, Engoron também proíbe o ex-mandatário por três anos, e seus filhos Donald Jr. e Eric por dois, de dirigir empresas na cidade de Nova York.

Incluindo os juros prévios ao julgamento, de 9%, Trump estaria obrigado a pagar a soma de quase US$ 454,157 milhões (R$ 2,26 bilhões na cotação atual), de acordo com o texto do recurso apresentado na Suprema Corte de Nova York. Os juros continuam correndo enquanto a totalidade da multa não for paga.

Trump, que também enfrenta outras 91 acusações criminais em quatro frentes judiciais, utilizou seus problemas legais para animar seus apoiadores e denunciar seu provável adversário, o presidente democrata Joe Biden, alegando que os casos são “apenas uma forma de me atacar nas eleições”.

Em sua sentença de 16 de fevereiro, o juiz Engoron estabeleceu que as sanções financeiramente devastadoras estão justificadas pelo comportamento de Trump.

“Sua completa falta de arrependimento e remorso beira o patológico”, comentou o magistrado em referência a Trump e seus dois filhos.

Foi como promotor imobiliário e empresário em Nova York que Trump construiu seu perfil público, que ele usou como plataforma para ingressar na indústria do entretenimento e, em última instância, à política, chegando assim à presidência.

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