Mundo

Trump diz que EUA trabalham em acordo de livre comércio com o Brasil

Presidente norte-americano diz que Brasil ainda cobra muitas tarifas, mas que é um ‘grande parceiro comercial’

Trump diz que EUA trabalham em acordo de livre comércio com o Brasil
Trump diz que EUA trabalham em acordo de livre comércio com o Brasil
Trump_Bolsonaro (Foto: Alan Santos/ PR)
Apoie Siga-nos no

O presidente norte-americano Donald Trump afirmou, nesta terça-feira 30, que quer trabalhar em um acordo de livre comércio com o Brasil. Em entrevista à jornalistas na Casa Branca, Trump disse ainda que o Brasil é um grande parceiro comercial, mas que ainda cobrava muitas tarifas dos EUA.

Na fala, Donald Trump também não deixou de comentar sobre Bolsonaro, e se utilizou de parâmetro para elogiar o presidente brasileiro. “Tenho uma relação fantástica com seu presidente. Dizem que ele é o Trump do Brasil. Eu gosto disso – é um elogio”, afirmou.

Em seguida, o presidente comentou que Bolsonaro era um “homem maravilhoso com uma família maravilhosa”. A fala vem após o encaminhamento do nome de Eduardo Bolsonaro para ser o embaixador brasileiro em Washington. A carta de intenção já foi enviada, segundo informado pelo ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo.

O secretário de Comércio dos Estados Unidos, Wilbur Ross, está nesta semana no Brasil para promover o intercâmbio bilateral. A visita de Wilbur, a primeira de um secretário de Comércio dos Estados Unidos ao país desde 2011, busca fortalecer o compromisso do governo Trump “com um forte relacionamento comercial e econômico com o Brasil”, segundo um comunicado oficial.

Wilbur participará nesta terça-feira 30 da comemoração dos 100 anos da Câmara de Comércio dos Estados Unidos no Brasil (Amcham Brasil) em São Paulo e, na quarta-feira 31, viajará a Brasília para se encontrar com Bolsonaro, com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e com o da Infraestrutura, Tarcísio Freitas.

 

Bolsonaro e Trump se encontraram pela primeira vez em março e novamente em junho, desta vez, na Cúpula do G20 em Osaka, Japão. As relações entre os dois presidentes se deram amistosas ao longo do tempo, com um alinhamento brasileiro em relação aos norteamentos de Washington inclusive em questões polêmicas – como o caso dos navios iranianos que ficaram parados cerca de 50 dias no litoral sul à espera de combustível.

Por conta das sanções econômicas de Trump ao Irã, Bolsonaro hesitou em fornecer o aporte necessário e recebeu ameaças de quebras de importações. O Brasil exporta cerca de 2 bilhões de reais em mercadorias para o país do Oriente Médio por ano. Por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), os navios foram abastecidos pela Petrobras a partir do sábado 27 e tinham data prevista para retornar ao Irã nesta segunda-feira 29.

*Com AFP

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo