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Rússia está pronta para abastecer de graça países africanos com toneladas de grãos, diz Putin

As declarações do presidente russo acontecem em meio ao temor de uma nova disparada nos preços dos alimentos

O presidente russo, Vladimir Putin, reivindicou a anexação das regiões de Kherson, Zaporizhzhia, Luhansk e Donestk em setembro do ano passado. Foto: Gavriil GRIGOROV / SPUTNIK / AFP
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O presidente Vladimir Putin anunciou que a Rússia está pronta para fornecer grãos gratuitos a vários países africanos. A declaração foi concedida nesta quinta-feira 27, durante sessão plenária do Fórum Econômico Rússia-África.

Segundo o chefe do Kremlin, o país pode destinar de 25 a 50 mil toneladas de grãos gratuitamente para seis nações africanas nos próximos três a quatro meses. Seriam beneficiados Burkina Faso, Zimbábue, Mali, Somália, República Centro-Africana e Eritreia.

Putin disse ainda que a Rússia teria condições de substituir os grãos ucranianos, comercialmente e na forma de ajuda gratuita aos países mais necessitados da África. “Especialmente porque esperamos outra safra recorde neste ano”, afirmou.

Ele criticou as sanções aplicadas à Rússia, as quais impediriam que contribuições fossem realizadas, como no caso dos fertilizantes. “Apenas dois pequenos lotes das 262 mil toneladas desses fertilizantes conseguiram ser enviados: 20 mil toneladas para Malawi e 34 mil toneladas para o Quênia, embora tenha sido uma ação puramente humanitária”, disse.

“Um quadro paradoxal está surgindo: por um lado, os países ocidentais estão obstruindo o fornecimento de nossos grãos e fertilizantes. Por outro lado, direi diretamente: eles estão nos culpando hipocritamente pela atual situação de crise no mercado global de alimentos.”

As declarações do presidente russo acontecem em meio ao temor de uma nova disparada nos preços dos alimentos como consequência da guerra na Ucrânia. A Rússia suspendeu sua participação no acordo que permitia a exportação de grãos ucranianos pelo mar Negro, após o país atacar a Crimeia. Putin é acusado por países do Ocidente de usar alimentos como arma no conflito do leste europeu.

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