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Rússia e Ucrânia têm ‘progresso significativo’ rumo a um acordo de paz, diz jornal britânico

As informações foram transmitidas ao jornal britânico Financial Times nesta quarta-feira 16 por três pessoas envolvidas nas negociações

Vladimir Putin e Volodymyr Zelensky. Fotos: AFP
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Ucrânia e Rússia obtiveram progressos significativos na construção de um acordo de paz composto por 15 pontos, incluindo um cessar-fogo e a retirada das tropas russas de territórios ucranianos. Em contrapartida, Kiev deve garantir sua neutralidade e aceitar limites para suas forças armadas.

As informações foram transmitidas ao jornal britânico Financial Times nesta quarta-feira 16 por três pessoas envolvidas nas negociações.

De acordo com o veículo, os dois lados discutiram o acordo pela primeira vez na última segunda 14. A proposta dependeria do compromisso da Ucrânia de não ingressar na aliança militar ocidental, a Otan, e de não abrigar bases militares estrangeiras ou armamento em troca da proteção de aliados, como os Estados Unidos.

Entre os obstáculos para o acordo, diz o Financial Times, estão a natureza das garantias oferecidas por potências ocidentais à Ucrânia – e a reação da Rússia a elas – e o status de territórios como Lugansk e Donestk, no Donbass, reconhecidos como independentes por Moscou.

Mykhailo Podolyak, negociador e conselheiro do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, reforçou nesta quarta 16 as exigências de Kiev para a construção de um acordo: “Nossa posição nas negociações é bastante específica: garantias de segurança legalmente verificadas; cessar-fogo; retirada das tropas russas”.

Áustria e Suécia, dois países que não pertencem à Otan, foram citadas pela Rússia como exemplo da neutralidade a ser aplicada na Ucrânia. Na Áustria, Khrushchov apertou a mão de Kennedy, em 1961, e Brezhnev a de Carter, em 1979. Em 1995, porém, aderiu à União Europeia.

A Suécia se considera não alinhada em tempos de paz e, em épocas de guerra, aspira à neutralidade. Em 1992, no final da Guerra Fria, abandonou a política de estrita neutralidade e, três anos depois, aderiu à UE.

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