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Rússia acusa Ucrânia de ‘torpedear’ negociações sobre plano dos EUA

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, apresentou uma nova versão documento elaborado pelo governo de Donald Trump em busca de um acordo

Rússia acusa Ucrânia de ‘torpedear’ negociações sobre plano dos EUA
Rússia acusa Ucrânia de ‘torpedear’ negociações sobre plano dos EUA
Putin, Trump e Zelensky –Fotos: AFP
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A Rússia acusou a Ucrânia, nesta sexta-feira 26, de querer “torpedear” as negociações sobre o plano dos Estados Unidos para pôr fim à guerra, sinalizando que o novo texto apresentado esta semana por Kiev “difere radicalmente” do que Moscou havia negociado com Washington.

“Nossa capacidade de fazer um último esforço e chegar a um acordo dependerá do nosso trabalho e da vontade política da outra parte. Sobretudo em um contexto em que Kiev e seus patrocinadores, especialmente dentro da União Europeia, que não são favoráveis a um acordo, redobraram seus esforços para torpedeá-lo”, declarou na televisão o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Riabkov.

“Sem uma resolução adequada dos problemas que estão na origem desta crise, será simplesmente impossível chegar a um acordo definitivo”, adicionou Riabkov, que pediu a manutenção dos “limites estabelecidos” pela cúpula entre os presidentes russo, Vladimir Putin, e americano, Donald Trump, no Alasca em agosto de 2025.

O chefe de Estado ucraniano, Volodymyr Zelensky, apresentou na quarta-feira a nova versão do plano americano, reformulada após as negociações com Kiev em relação à sua versão original divulgada há mais de um mês.

Este novo documento de 20 pontos propõe um congelamento no front sem oferecer uma solução imediata às questões territoriais e abandona duas exigências-chave de Moscou: a retirada das tropas ucranianas da região do Donbass e um compromisso juridicamente vinculativo da Ucrânia de não ingressar na Otan.

“Este plano, se é que pode ser chamado assim, difere radicalmente dos 27 pontos que elaboramos nas últimas semanas, desde o início de dezembro, em colaboração com a parte americana”, afirmou Riabkov nesta sexta-feira.

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