Mundo
Reunião do Conselho de Segurança da ONU termina sem acordo
Um dos principais temas do encontro foi a criação de um corredor humanitário que ligue a Faixa de Gaza ao Egito
Presidida pelo Brasil, a reunião do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) realizada nesta sexta-feira 13 terminou sem acordo ou declaração conjunta.
O encontro foi realizado na sede da ONU, em Nova York, nos Estados Unidos. De acordo com o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, ainda não há previsão de quando um documento do tipo será elaborado.
“O ideal seria que fosse o mais rápido possível, mas é uma negociação diplomática envolvendo a situação de uma crise, então não sei quanto tempo vai ser preciso para acomodar as posições”, disse em entrevista a jornalistas.
Um dos principais temas do encontro foi a criação de um corredor humanitário que ligue a Faixa de Gaza ao Egito. Assim, os civis poderiam ser retirados de forma segura da região.
Mauro afirmou ainda que conversou com o ministro de relações exteriores de Israel e reforçou o pedido para a retirada de brasileiros que desejam sair do local do conflito.
O Brasil assumiu a presidência rotativa do Conselho de Segurança da ONU no mês de outubro. O país ocupa uma das 10 vagas do Conselho para membros não permanentes, em um mandato que segue até o fim deste ano.
O país também é um dos maiores participantes entre os membros não permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas, atrás apenas do Japão. Desde a criação do órgão, em 1948, esse é o 11º mandato brasileiro.
Retirada de brasileiros
O Egito aceitou receber os brasileiros que querem sair da Faixa de Gaza. Segundo o ministro, a população confinada na região deve sair neste sábado 14 pela fronteira entre a parte sul de Gaza e o Egito.
“[Os cidadãos brasileiros] sairiam neste ônibus, que os transportará amanhã [sábado]. O que nós propusemos é que saíssem e fossem levados para um aeroporto, uma localidade muito próxima da fronteira, onde um avião da Força Aérea Brasileira, estará esperando”, disse.
O governo brasileiro contratou ônibus para transporte dos brasileiros até a fronteira egípcia e aguardava a liberação pela passagem de Rafah pelo país africano.
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