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O tamanho da catástrofe humanitária na Faixa de Gaza

Ao que tudo indica, Israel vai invadir por terra a Faixa de Gaza, o que tornaria a situação ainda mais delicada

Foto: MOHAMMED ABED / AFP
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Uma catástrofe humanitária “sem precedentes e inimaginável”. É o que a ONU diz que vai acontecer na Faixa de Gaza.

Eu explico: o enclave palestino está sob cerco total de Israel. Ou seja: ninguém sai e nada entra, nem ajuda humanitária. Hoje, a única porta para Gaza é essa aqui: a passagem de Rafah, pro Egito. Mas ela basicamente também está fechada para refugiados. A fronteira está aberta só para ajuda humanitária. Mas o cenário é descrito como caótico.

Então você tem uma situação que é: Israel bombardeando pelo alto o enclave. Porque é de lá que partiram os ataques terroristas do Hamas. Que é o grupo radical islâmico que controla Gaza. E 2 milhões de pessoas, que é a população do enclave, sem ter pra onde ir.

E isso com água e eletricidade cortadas por Israel. E com a comida acabando, porque, sem eletricidade, não há como armazenar. Os hospitais, lotados, têm cada vez menos meios de tratar feridos.

E ao que tudo indica, Israel vai invadir por terra a Faixa de Gaza. O país, que se diz no direito de se defender de uma ameaça a sua existência, ordenou a evacuação de civis para o sul de Gaza. Isso se aplicaria a 1 milhão de pessoas. Inclusive a Cidade de Gaza, parte mais populosa do enclave.

Essa multidão teria que ir pra uma parte mais rural – e com menos recursos. Ou seja: um movimento de pessoas sem precedentes. E que a ONU considera impossível de acontecer sem consequências humanitárias devastadoras.

Mais de 1300 morreram no ataque do Hamas a Israel. E a resposta militar israelense já matou mais de 1400 na Faixa de Gaza.

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