Republicanos sugerem usar brecha na Constituição para eleger Trump presidente da Câmara

Embora seja teoricamente possível, é improvável que o ex-presidente receba apoio suficiente para a empreitada

Foto: TIMOTHY A. CLARY / AFP

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Após a deposição do presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Kevin McCarthy, o Partido Republicano negocia a indicação de um novo líder para o cargo.

Em janeiro, o partido teve dificuldade para entrar em um consenso sobre McCarthy, que precisou de 15 rodadas de votação para ser eleito.

Sem uma figura a ostentar favoritismo neste momento, expoentes da ala mais radical da sigla começaram a mencionar o ex-presidente Donald Trump como uma opção viável.

Pelo menos três membros do Partido Republicano na Câmara – Troy Nehls, do Texas; Greg Steube, da Flórida; e Marjorie Taylor Greene, da Geórgia – já indicaram que apoiariam o magnata na votação para selecionar o novo presidente da Câmara.

“Nesta semana, quando a Câmara dos Representantes dos EUA se reunir novamente, a minha primeira tarefa será nomear Donald J. Trump para presidente da Câmara dos Representantes dos EUA”, disse Nehls em um comunicado.

Em uma postagem no X, Steube escreveu: “Donald Trump para presidente da Câmara”.


Historicamente, a Câmara dos Representantes sempre votou em um membro da câmara baixa para o cargo de presidente, mas não há na Constituição algum artigo a definir que o cargo deve ser preenchido por um membro do Congresso.

Em janeiro, o deputado Matt Gaetz já havia votado em Trump para presidente da Câmara. Embora teoricamente seja possível, contudo, é improvável que o ex-presidente receba apoio suficiente para a empreitada.

Trump, que pretende concorrer à Casa Branca em 2024, também já afirmou que não tem interesse no cargo.

“Não, não é algo que eu queira fazer. Quero ver o que está acontecendo e depois faremos outra coisa. Não, não é algo em que eu estaria interessado”, disse em entrevista em março de 2022.

O processo de votação para um novo presidente da Câmara não tem data prevista. É a primeira vez na história do país que acontece uma desocupação do cargo durante o mandato.

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