Economia

Putin não irá ao encontro do Brics no Rio por risco de prisão

O chefe do Kremlin é alvo de um mandado expedido pelo Tribunal Penal Internacional

Putin não irá ao encontro do Brics no Rio por risco de prisão
Putin não irá ao encontro do Brics no Rio por risco de prisão
Os presidentes Vladimir Putin (Rússia) e Lula (Brasil). Foto: Ricardo Stuckert / PR
Apoie Siga-nos no

A diplomacia da Rússia confirmou, nesta quarta-feira 25, que o presidente Vladimir Putin não participará presencialmente da cúpula do Brics marcada para 6 e 7 de julho, no Rio de Janeiro. 

“O presidente participará por videoconferência, mas o ministro das Relações Exteriores (Sergei Lavrov) estará presente no Brasil”, afirmou Yuri Ushakov, conselheiro diplomático de Putin. Na prática, o líder russo não virá ao Brasil por causa de uma ordem de prisão emitida pelo Tribunal Penal Internacional em 2023.

O colegiado tomou a decisão cerca de um ano após o início da guerra entre Rússia e Ucrânia. O governo russo foi acusado de realizar transferências forçadas de centenas de ucranianos menores de idade, caracterizadas pelo tribunal como um crime de guerra.

Para Moscou, a legitimidade da Corte é questionável, uma vez que a Rússia não é signatária do tratado que estabeleceu o TPI.

Diante desse dilema, Putin tem evitado viagens a países que reconhecem a jurisdição do Tribunal. Isso aconteceu em 2023, por exemplo, quando ele cancelou sua ida à África do Sul para participar de outra cúpula do Brics.

Por outro lado, no ano passado, o presidente russo visitou a Mongólia sem maiores consequências, apesar de o país asiático fazer parte do sistema do TPI. O episódio demonstra a complexidade na aplicação dos mandados internacionais.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo