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Presidente do Equador decreta ‘conflito interno armado’ após invasão a TV

Daniel Noboa determinou que as Forças Armadas atuem pela neutralização de grupos criminosos

O presidente do Equador, Daniel Noboa, anuncia estado de exceção no país, em 8 de janeiro de 2024. Foto: Presidência do Equador/AFP
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O presidente do Equador, Daniel Noboa, editou um decreto no qual reconhece “a existência de um conflito interno armado” e ordenou que as Forças Armadas atuem pela neutralização de grupos criminosos.

O Decreto Executivo 111, que declara o estado de conflito interno, foi publicado após o Decreto 110, que instaurou o estado de exceção na segunda-feira 8, justificado pela fuga do narcotraficante Adolfo Macías.

Com o estado de exceção, a população já estava obrigada a respeitar um toque de recolher na madrugada.

Em postagem na rede social X, o presidente do Equador divulgou o novo decreto e disse que foram identificadas mais de 20 “organizações terroristas e atores não-estatais beligerantes”.

O reconhecimento de “conflito interno armado” vem no mesmo dia em que criminosos invadiram uma emissora de televisão ao vivo e fizeram jornalistas e funcionários reféns.

Na ocasião, cerca de dez homens estavam armados e desferiram socos e chutes nas vítimas. De acordo com postagem da Polícia do Equador na internet, 13 homens foram capturados e as vítimas foram evacuadas.

Presidente convoca comissão de segurança

Noboa também convocou uma reunião de emergência do Conselho de Segurança Pública e do Estado e publicou uma foto ao lado de funcionários do governo e de militares.

“Não permitiremos que grupos terroristas quebrantem a paz do País”, disse o presidente. Segundo o secretário de Comunicação do governo, Roberto Izurieta, o encontro foi convocado para “analisar a situação do País”.

As bancadas legislativas costuraram um acordo para conceder indultos ou anistias a agentes policiais e militares que combatam a “criminalidade”.

Em nota, a Assembleia Nacional manifestou “respaldo às Forças Armadas, à Polícia Nacional e a todos os funcionários encarregados de fazer com que a Constituição e a lei sejam cumpridas”.

“Esse respaldo inclui a adoção de indultos e anistias nos casos que sejam necessários para garantir a tarefa desses estamentos”, diz o texto. “Respaldamos as ações realizadas pelo governo em matéria de segurança diante da crise, para restabelecer a paz e a ordem ao território nacional.”

Veículos locais reportaram bloqueios de vias públicas e saques em centros comerciais na capital Quito.

No município de Quevedo, da província de Los Ríos, foram registrados homens decapitados e incêndios. Estudantes da Universidade Técnica Estatal que Quevedo chegaram a ser evacuados.

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