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Presidente argentino critica lentidão da Justiça um ano após atentado contra Cristina Kirchner

Há três detidos à espera da data do julgamento: Sabag Montiel, Brenda Uliarte e Nicolás Carrizo

A vice-presidenta da Argentina, Cristina Kirchner. Foto: JUAN MABROMATA/AFP
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O presidente Alberto Fernández criticou nesta sexta-feira a “lentidão singular” da Justiça argentina em avançar no caso da tentativa de assassinato da vice-presidente, Cristina Kirchner, ocorrida há um ano, pela qual há três detidos à espera de julgamento.

“A causa judicial avançou com uma lentidão singular”, publicou Fernández na rede social X, antigo Twitter, sobre o aniversário do atentado, que descreveu como “um fato de enorme transcendência, que gerou grande comoção social e alterou o convívio democrático”.

Sabag Montiel, 35, e sua companheira, Brenda Uliarte, 23, são acusados de coautoria. Nicolás Carrizo, 27, que empregava o casal como vendedores ambulantes, é acusado de “partícipe necessário”. O tribunal oral que deve julgá-los aguarda a nomeação de seus três juízes titulares para marcar a data do julgamento.

Em sua postagem, o presidente argentino considerou que a investigação deixou de lado “provas determinantes para a investigação” e dilatou “qualquer indagação que permitisse saber quem foram os instigadores e autores intelectuais do fato”.

O advogado de Brenda Uliarte, Carlos Telleldín, antecipou que sua cliente irá declarar em juízo que as pessoas que se aproximavam para assediar Cristina Kirchner na porta de sua residência eram pagas por funcionários do governo da cidade de Buenos Aires, a cargo do prefeito opositor de direita Horacio Rodríguez Larreta.

A vice-presidente solicitou à Justiça, sem sucesso, que o líder do grupo político Revolução Federal, investigado por seus laços com os detidos e com pessoas ligadas ao ex-presidente Mauricio Macri, mas em uma causa paralela, seja incorporado à investigação original.

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