Premiê do Reino Unido se reúne com Lula e anuncia investimentos no Fundo Amazônia

A expectativa é de que o Fundo receba cerca de 500 milhões de reais dos britânicos

O premiê britânico Rishi Sunak, junto ao presidente Lula (PT). Foto: Ricardo Stuckert/PR

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O primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, anunciou investimentos do país no Fundo Amazônia, que recebe doações para o financiamento de projetos de preservação da Floresta Amazônica.

O anúncio ocorreu nesta sexta-feira 5, durante visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a Londres. Lula participará da coroação de Charles III no sábado 6.

Segundo o governo brasileiro, o premiê britânico afirmou que a entrada do Reino Unido no Fundo Amazônia é um “reconhecimento ao trabalho e liderança” de Lula no tema da conservação ambiental.

A expectativa é de que o Fundo receba cerca de 500 milhões de reais dos britânicos. O Brasil já recebe recursos do International Climate Finance, principal programa do Reino Unido para o apoio de iniciativas na área, com recursos no patamar de 1,4 bilhão de reais.

O Fundo Amazônia foi criado em 2008, por meio do Decreto Nº 6.527, e funciona sob gerência do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social, o BNDES. Os projetos financiados compreendem ações de prevenção, monitoramento e combate ao desmatamento na Amazônia Legal.

O Fundo pode utilizar até 20% dos recursos para apoiar o desenvolvimento de sistemas de monitoramento e de controle do desmatamento em outros biomas brasileiros e em outros países tropicais.


Segundo dados do governo, desde 2009 até fevereiro, o Fundo já recebeu aproximadamente 3,4 bilhões de reais, sendo que 93,8% são provenientes do governo da Noruega. A Alemanha, responsável por 5,7% dos recursos, formalizou com o BNDES uma nova doação a ser internalizada ao longo de 2023.

Em abril, os Estados Unidos anunciaram a intenção de doar de 2,5 bilhões de reais ao Fundo.

Conforme mostrou CartaCapital, um estudo do Instituto de Estudos Socioeconômicos mostrou que o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deixou de investir 3,3 bilhões de reais do Fundo Amazônia e acumulou a análise e 56 projetos ambientais. Além disso, na gestão anterior, a Noruega cortou o repasse de recursos ao Brasil. A colaboração foi retomada após o início do novo mandato de Lula.

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