Um adolescente dirigindo um carro é parado por dois policiais de moto que lhe apontam as armas. O garoto, de 17 anos, recusa-se a sair do automóvel e tenta partir, devagar. Um dos policiais atira em seu peito. O jovem consegue dirigir por mais uns metros antes de morrer. Nahel, de origem africana, termina a corrida batendo o carro no poste da Praça Nelson Mandela. Enquanto observo o poste torto e reflito sobre o destino feroz do garoto, chegam pais com filhos para deixar uma flor, uma oração ou uma carta para Nahel.
A Praça Mandela fica em Nanterre, uma das periferias de Paris, tão perto e tão apartada da Cidade Luz.
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2 comentários
ricardo fernandes de oliveira9 de julho de 2023 19h47
a diferença entre o que ocorre na frança ou eua e brasil é que aqui não existem essas grandes manifestações. mas a policia age aqui com a mesma legitima defesa, não importa se o governo estadual é de esquerda ou direita.
CESAR AUGUSTO HULSENDEGER14 de julho de 2023 12h35
Será que os “rats” depreciativo que os franceses usavam para os originários das colonias africanas farão um novo 14 de julho? E a atitude policial só reflete o racismo de sempre na sociedade francesa, o capitão Dreyfuss que o diga. De resto, a praga do racismo é fecunda em toda Europa, não só na França da Bastilha.
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