Pour Nahel

Um mergulho nos dias de fúria após o assassinato, pela polícia, de um garoto de 17 anos

Força bruta. Policiais revistam manifestantes na Champs-Élysées, em Paris. Mais de 45 mil agentes de segurança foram mobilizados para conter a revolta, enquanto em Nanterre a periferia pede Justiça – Imagem: Antonello Veneri

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Um adolescente dirigindo um carro é parado por dois policiais de moto que lhe apontam as armas. O garoto, de 17 anos, recusa-se a sair do automóvel e tenta partir, devagar. Um dos policiais atira em seu peito. O jovem consegue dirigir por mais uns metros antes de morrer. Nahel, de origem africana, termina a corrida batendo o carro no poste da Praça Nelson ­Mandela. Enquanto observo o poste torto e reflito sobre o destino feroz do garoto, chegam pais com filhos para deixar uma flor, uma oração ou uma carta para Nahel.

A Praça Mandela fica em Nanterre, uma das periferias de Paris, tão perto e tão apartada da Cidade Luz.

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2 comentários

ricardo fernandes de oliveira 9 de julho de 2023 19h47
a diferença entre o que ocorre na frança ou eua e brasil é que aqui não existem essas grandes manifestações. mas a policia age aqui com a mesma legitima defesa, não importa se o governo estadual é de esquerda ou direita.
CESAR AUGUSTO HULSENDEGER 14 de julho de 2023 12h35
Será que os “rats” depreciativo que os franceses usavam para os originários das colonias africanas farão um novo 14 de julho? E a atitude policial só reflete o racismo de sempre na sociedade francesa, o capitão Dreyfuss que o diga. De resto, a praga do racismo é fecunda em toda Europa, não só na França da Bastilha.

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