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Pelas vielas diplomáticas

Os bastidores das tensas negociações que possibilitaram a breve trégua na Faixa de Gaza

A contragosto. Netanyahu temia que o drama dos reféns aplastasse a promessa de aniquilação do Hamas. A pressão da Casa Branca forçou o premier a negociar – Imagem: Exército de Israel/AFP e Amos Ben Gershom/Gabinete do Primeiro Ministro de Israel
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As gravações de reféns capturados e levados foram tão angustiantes quanto a visão dos cadáveres que o Hamas deixou para trás. O massacre de civis em 7 de outubro pretendia lançar terror na psique israelense e infligir uma ferida duradoura. A tomada de reféns foi feita por outras razões: como um obstáculo à retaliação israelense e para trocá-los por prisioneiros palestinos em Israel. Sete semanas mais tarde, funcionou claramente melhor como moeda de troca do que como elemento de dissuasão.

Os cerca de 240 reféns não impediram o bombardeio intenso e implacável de Gaza nem a ofensiva terrestre de 27 de outubro. Quase um mês depois, foi acordada uma pausa de quatro dias, provavelmente quando foi conveniente para as Forças de Defesa de Israel. A libertação de cerca de 150 palestinos, por outro lado, é um ganho importante para o mentor do ataque de 7 de outubro, Yahya Sinwar, que passou mais de 23 anos numa prisão israelense. Foi onde ele se tornou fluente em hebraico e adquiriu um conhecimento profundo da política e da sociedade israelenses. Foi também onde desenvolveu a determinação de libertar os milhares de palestinos detidos nas prisões israelenses.

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