Mundo

Papa defende o diálogo em Natal com a sombra da pandemia

Embora um pouco mais tranquilo que em 2020, o Natal foi afetado pelo aumento das infecções e a retomada de restrições em muitos países

Foto: Filippo Monteforte/POOL/AFP
Apoie Siga-nos no

O papa Francisco pediu no sábado 25 diálogo para contra-atacar a tendência de retração provocada pela pandemia de Covid-19, que marca pelo segundo ano consecutivo o Natal de bilhões de pessoas.

Em sua tradicional bênção ‘Urbi et Orbi’ do dia de Natal, o pontífice recordou aos fiéis reunidos na Praça de São Pedro que “nesta época de pandemia (…) a nossa capacidade de relacionamento social é colocada à prova, se reforça a tendência ao fechamento, de fazer tudo sozinhos, de parar de se esforçar para encontrar os outros e fazer coisas juntos”.

“Também no âmbito internacional existe o risco de não querer dialogar, o risco de que a complexidade da crise induza a escolher atalhos, em vez dos caminhos mais lentos do diálogo”, acrescentou.

Na sexta-feira à noite, o papa, de 85 anos, celebrou a tradicional missa do Galo e pediu aos cristãos que “redescubram as pequenas coisas da vida”.

“O importante é estar seguro”

Nas Filipinas, além da Covid, os fiéis lidavam com as consequências do tufão que atingiu o arquipélago do sudeste asiático na semana passada e deixou pelo menos 375 mortos, além de milhares de desabrigados.

Em uma igreja com um grande buraco no teto e com o chão e os bancos alagados, o padre Ricardo Virtudazo celebrou a missa de Natal para pessoas que só buscavam um teto, comida e um pouco de tranquilidade no Natal.

“O importante é que todos nós estamos seguros”, disse Joy Parera, de 31 anos, durante a missa ao lado do marido na igreja de San Isidro Labrador, no município de Alegria, no norte da ilha Mindanao.

Além dos desastres naturais, o aumento de casos de Covid-19 complicaram os planos natalinos, de Sydney a Sevilla.

A nova variante do coronavírus provocou perturbações nas viagens: o site Flightaware.com informou que mais de 5.700 voos foram cancelados em todo o planeta, a maior parte nos Estados Unidos.

Aumento de casos e restrições

Embora tenha sido um pouco mais tranquilo que em 2020, o Natal foi afetado pelo aumento das infecções e a retomada de restrições em muitos países.

A China informou no sábado de 140 novos casos de coronavírus, o maior número em quatro meses, a maioria na cidade de Xi’an, na província de Shaanxi (noroeste), onde 13 milhões de habitantes estão confinados desde quinta-feira.

A França contabilizou um recorde de casos de Covid-19 pelo terceiro dia consecutivo, superando pela primeira vez desde o início da pandemia a barreira das 100.000 novas infecções diárias.

O Reino Unido também já havia batido outro recorde na sexta-feira, com 122.000 novos casos, e Portugal informou no sábado que a Ômicron se tornou a cepa dominante do coronavírus no país.

A situação obrigou a multiplicação de restrições e a aplicação de novas medidas: a Holanda está em confinamento, enquanto Espanha e Grécia determinaram a obrigatoriedade do uso de máscara em espaços abertos.

Outros países baseiam suas estratégias de combate ao vírus na vacina: o Equador anunciou a vacinação obrigatória para a população a partir de 5 anos, enquanto a Índia anunciou no sábado a imunização de jovens maiores de 15 anos a partir de 3 de janeiro, assim como de trabalhadores da saúde e pessoas de mais de 60 anos.

Papai Noel no Rio

A pandemia provocou 5,38 milhões de mortes no mundo desde o fim de 2019, segundo um balanço AFP com base nos dados oficiais. A Organização Mundial da Saúde (OMS) acredita que o número real pode ser duas ou três vezes superior.

Os fechamentos de fronteiras não afetaram, no entanto, as viagens do Papai Noel ao redor do mundo, que são monitoradas pelo Comando de Defesa Aeroespacial da América do Norte (NORAD, na sigla em inglês) há 63 anos.as horas e vai fazer isso durante a noite toda”.

No Rio de Janeiro, o ‘Bom Velhinho’ aposentou o trenó e chegou de helicóptero para distribuir cestas básicas aos moradores da favela da Penha.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo