Mundo
Países atualizam metas de redução de carbono na Cúpula do Clima; confira
Contrariando as diretrizes ambientais que marcam o governo de Jair Bolsonaro até aqui, o Brasil também sinalizou uma correção de rota
No primeiro dia da Cúpula de Líderes sobre as Mudanças Climáticas, nesta quinta-feira 22, líderes mundiais anunciaram novas metas de redução de carbono.
O presidente americano Joe Biden anunciou que os EUA reduzirá as emissões de gases do efeito estufa entre 50% e 52% até 2030, na comparação com os níveis 2005.
Também surgiram discursos em relação à urgência de transformar a lógica da produção energética. Xi Jinping, presidente da China, manteve a meta de atingir a neutralidade de carbono até 2060 e não atualizou os números para 2030, mas afirmou que o país, que é o mais poluidor do mundo, irá reduzir o uso de carvão na geração de energia.
Contrariando as diretrizes ambientais que marcam o governo de Jair Bolsonaro até aqui, o Brasil também sinalizou uma correção de rota. O presidente prometeu que o Brasil alcançará a neutralidade de carbono até 2050, reduzindo em 10 anos a sinalização anterior. Também se comprometeu a eliminar o desmatamento ilegal até 2030.
O clima, avaliam especialistas, é de ceticismo. Em um gesto controverso, o presidente americano Joe Biden se retirou na sala enquanto Bolsonaro discursava. Nesse meio tempo, publicou no Twitter um post sobre o Dia da Terra.
Ásia e Europa
Vladimir Putin, presidente da Rússia, anunciou que o país irá atingir neutralidade em carbono até 2025 – uma meta mais ambiciosa do que a estabelecida por outros países, que miram 2050. Putin não mencionou em seus cálculos, entretanto, a quantidade de carbono a ser derrubada em seu cálculo.
Yoshihide Suga, primeiro ministro do Japão, prometeu redução de carbono em 46% até 2030. O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, afirmou que o país está comprometido a aprovar uma lei para reduzir as emissões em 78% até 2035. E a chanceler alemã Angela Merkel anunciou que a Alemanha irá reduzir cerca de 55% das emissões até 2030.
Uma das metas mais ambiciosas anunciadas foi a do primeiro-ministro da Coreia do Sul, Moon Jae-In, que afirmou que o país não ira mais financiar usinas de carvão no exterior. A queda nas emissões até 2030 foi estimada em menos 34% de carbono em comparação aos níveis emitidos em 2005.
Em seu discurso, a presidente da Comissão Europeia, Ursula Van der Leyen, afirmou que sentia-se “feliz” por ter os “Estados Unidos de volta à discussão do clima”. A redução anunciada para o bloco europeu foi de 55% até o fim da década.
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