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Otan condena “irresponsabilidade” da Rússia após ataque contra central nuclear na Ucrânia

A central nuclear de Zaporizhia é considerada a maior da Europa e sofreu um grande incêndio na noite de quinta-feira, após um ataque das forças russas

Secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg Foto: Kenzo TRIBOUILLARD/AFP
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O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, condenou nesta sexta-feira (4) a “irresponsabilidade” da Rússia após o ataque contra a central nuclear de Zaporizhia, na Ucrânia, que sofreu um incêndio durante a noite.

“Vimos relatos sobre o ataque contra a central nuclear. Isto demonstra a irresponsabilidade do conflito”, disse Stoltenberg antes de uma reunião urgente dos ministros das Relações Exteriores da Otan em Bruxelas, na primeira reação da aliança transatlântica ao ataque.

A central nuclear de Zaporizhia é considerada a maior da Europa e sofreu um incêndio na noite de quinta-feira, após um ataque das forças russas, segundo autoridades ucranianas.

No entanto, o incidente foi controlado e os reatores foram desativados e, de acordo com o regulador nuclear ucraniano, nenhum vazamento radioativo foi registrado na usina até o momento.

Em Bruxelas, Stoltenberg recebeu o secretário de Estado americano, Antony Blinken, antes de uma reunião de emergência da aliança, na qual participarão o chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Josep Borrell, e os chanceleres da Finlândia e da Suécia, dois países associados.

Não estamos procurando um conflito. Somos uma aliança defensiva e vamos defender nosso território”, disse Blinken logo após ser recebido por Stoltenberg.

Para Borrell, “esta guerra é totalmente injustificada (…) devemos permanecer unidos e estar preparados para agir”.

O influente ministro das Relações Exteriores de Luxemburgo, Jean Asselborn, afirmou que a Otan deve ser fortalecida e ajudar seus países parceiros no leste do continente, mas considerou que se envolver totalmente no conflito seria uma “catástrofe”.

Esta posição parece diminuir as chances de adotar uma zona de exclusão aérea sobre a Ucrânia por enquanto.

Para Asselborn, tal decisão deve ser adotada pela Organização das Nações Unidas (ONU), enquanto o ministro das Relações Exteriores da República Tcheca, Jan Lipavsky, alertou que se a Otan se comprometer com essa iniciativa “significa que estará envolvida em um conflito”.

Para o chanceler francês, Jean-Yves Le Drian, é preciso “manter o isolamento” da Rússia.

Durante o dia, Borrell vai presidir uma reunião dos ministros das Relações Exteriores da UE, para a qual convidou Blinken e os ministros do Canadá e do Reino Unido, que se encontram em Bruxelas para a reunião da Otan.

A ideia de organizar uma reunião unificada UE-Otan foi vetada pela Turquia, país que faz parte da aliança militar, devido à presença de Chipre, que faz parte da UE mas não da Otan.

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