Mundo

ONU: ‘Perspectiva de conflito nuclear volta ao campo das possibilidades’

Logo depois de autorizar a operação contra a Ucrânia, Vladimir Putin, colocou em alerta máximo as ‘forças de dissuasão nuclear’ de Moscou

A usina nuclear de Chernobyl. Foto: AFP-JIJI
Apoie Siga-nos no

O secretário-geral das Nações Unidas, o português Antonio Guterres, classificou como um “desenvolvimento de arrepiar os ossos” a decisão da Rússia de elevar o nível de alerta para suas forças nucleares após iniciar a guerra contra a Ucrânia.

“A perspectiva de um conflito nuclear, antes impensável, agora está de volta ao campo das possibilidades”, afirmou Guterres a jornalistas nesta segunda-feira 14. A informação é da agência Reuters.

Logo depois de autorizar a operação militar contra a Ucrânia, em 24 de fevereiro, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, colocou em alerta máximo as “forças de dissuasão nuclear” de Moscou.

Na semana passada, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia declarou que uma guerra nuclear seria impossível “por definição”, porque “levaria ao fim da civilização”.

Na última sexta-feira 10, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que não haverá confronto direto entre a Organização do Tratado do Atlântico Norte, a Otan, e a Rússia, porque o evento poderia configurar uma guerra de proporções semelhantes às de 1914 e 1939.

Já no domingo 13, o conselheiro de segurança nacional dos Estados Unidos, Jake Sullivan, afirmou à CNN norte-americana que, embora o governo Biden esteja “preocupado com a possibilidade de escalada” na postura de Putin sobre armamentos nucleares, “não vimos nada que exija que mudemos nossa postura nuclear agora.”

“Estamos observando isso extremamente de perto e, obviamente, o risco de escalada com um país nuclear é grave, e é um tipo de conflito diferente de outros que o povo americano viu ao longo dos anos”, completou Sullivan.

Na Ucrânia, as forças russas já assumiram o controle da usina de Chernobyl, palco do maior acidente nuclear da história, em 1986. Na usina de Zaporizhzhya, um prédio de treinamentos próximo às instalações foi alvo de ataques russos em 4 de março.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.

Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo