No Uruguai, Lula defende renovação do Mercosul e acordo do bloco com a China

O petista também cobrou urgência na finalização do acordo com a União Europeia

Foto: Ricardo Stuckert

Apoie Siga-nos no

O presidente Lula (PT) defendeu, nesta quarta-feira 25, que o Mercosul passe por uma renovação, além de incentivar a elaboração de um acordo comercial do bloco com a China. A declaração foi concedida no Uruguai ao lado do presidente Luis Lacalle Pou, que negocia um tratado comercial com o gigante asiático.

Apesar da defesa de renovação do Mercosul, em linha com o que pregou Lacalle Pou minutos antes, Lula não forneceu detalhes sobre quais seriam as mudanças. Ele também classificou como “justos” os pedidos do uruguaio para que o bloco se abra mais ao mundo.

“É importante uma maior abertura, a máxima possível. Então, com as ideias de discutir inovação ou renovação do Mercosul estamos de acordo”, disse Lula. “Mas o que precisamos fazer para modernizar o Mercosul? Queremos sentar primeiro com nossos técnicos, depois com nossos ministros e finalmente com os presidentes para que a gente possa renovar o que for necessário renovar.”

Já sobre o Tratado de Livre-Comércio entre Uruguai e China, Lula sinalizou uma discordância da negociação conduzida por Lacalle Pou. Como alternativa, defendeu que a conversa por mais abertura comercial seja feita por todo o Mercosul, não apenas por Montevidéu. Novamente, porém, disse considerar justa a tentativa do mandatário de defender os interesses econômicos de seu país.

“Apesar de o Brasil ter na China seu maior parceiro comercial e ter um grande superávit com a China, queremos sentar enquanto Mercosul e discutir com nossos amigos chineses um acordo Mercosul e China”, prosseguiu o petista.

Esse acordo, entretanto, não deve ser feito de forma imediata. Para Lula, é preciso que as conversas ocorram apenas após a finalização do acordo entre Mercosul e União Europeia, que se arrasta há décadas.


“É urgente e necessário que o Mercosul faça um acordo final com a União Europeia. Em 2003 já se discutia esse acordo. Fiquei fora da Presidência, voltei e ainda se discute isso”, destacou. “Então, vamos firmar esse acordo para que a gente possa discutir um possível acordo entre China e Mercosul.”

Leia também

Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.