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No Japão, Lula condena ato de racismo contra o jogador de futebol Vinícius Júnior

‘Não podemos permitir que o fascismo e o racismo tomem conta dentro do estádio de futebol’, disse o presidente da República

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Foto: Reprodução
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) manifestou solidariedade ao jogador de futebol brasileiro Vinícius Júnior por ter sido vítima de racismo em uma partida entre os clubes Real Madrid e Valencia, na Espanha, neste domingo 21. As declarações ocorreram em coletiva de imprensa no Japão.

Na ocasião, Lula cobrou que a Fifa e a liga espanhola de futebol tomem “sérias providências” a partir do caso.

“Não é justo que um menino pobre, que venceu na vida, que está se transformando possivelmente num dos melhores jogadores do mundo, seja ofendido em cada estádio que ele comparece”, afirmou. “Nós não podemos permitir que o fascismo e o racismo tomem conta dentro do estádio de futebol”, protestou.

O ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, já havia se manifestado em relação ao caso e também reivindicou novas políticas de governança da La Liga e das entidades esportivas da Europa.

Em sua rede social, Vinícius Júnior afirmou que “o racismo é o normal na La Liga” e que a prática ocorre com a permissão da entidade. Além disso, manifestou-se contra o racismo na Espanha.

“Não foi a primeira vez, nem a segunda e nem a terceira. O racismo é o normal na La Liga. A competição acha normal, a Federação também e os adversários incentivam. Lamento muito”, escreveu. “Lamento pelos espanhois que não concordam, mas hoje, no Brasil, a Espanha é conhecida como um país de racistas.”

Júnior também criticou pessoalmente a postura do presidente da La Liga, Javier Tebas, que acusou o jogador brasileiro de “injuriar” a entidade e afirmou que ele deveria se informar “adequadamente”.

“Mais uma vez, em vez de criticar racistas, o presidente da LaLiga aparece nas redes sociais para me atacar”, queixou-se Júnior na web.

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