Netanyahu confessa ‘não ter sucesso’ em reduzir as mortes de civis em Gaza

Os ataques israelenses ao enclave já deixaram mais de 11.500 mortos, incluindo 4.710 crianças, segundo o Ministério da Saúde

Registro de um ataque israelense nas proximidades da vila de Tair Harfa, na fronteira sul de Gaza com Israel, em 17 de novembro de 2023. Foto: AFP

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O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que tenta evitar as mortes de civis na Faixa de Gaza, mas “não teve sucesso”. Ele culpa, no entanto, o movimento palestino Hamas.

Em uma entrevista à emissora norte-americana CBS News na quinta-feira 16, Netanyahu alegou que o Hamas dispara contra os palestinos que buscam segurança. Disse, ainda, que o grupo “não dá a mínima” pelos habitantes do enclave.

“É isso que estamos tentando fazer: o mínimo de vítimas civis. Mas, infelizmente, não temos sucesso”, declarou. “Qualquer morte de civil é uma tragédia. E não deveríamos ter nenhuma, porque estamos fazendo tudo o que podemos para tirar os civis de perigo, enquanto o Hamas está fazendo tudo para mantê-los em perigo.”

Desde o ataque do Hamas contra Israel em 7 de outubro, que deixou 1.200 mortos, Netanyahu prometeu “aniquilar” o movimento, considerado um grupo “terrorista” por Estados Unidos, União Europeia e outros países.

A “resposta” israelense, contudo, se baseia em bombardear de forma incessante a Faixa de Gaza. Esses ataques já deixaram mais de 11.500 mortos, incluindo 4.710 crianças, segundo o Ministério da Saúde do território.

A pasta também informou, nesta sexta-feira 17, que 24 pacientes morreram no hospital Al-Shifa nos últimos dois dias devido a cortes de energia nas instalações, invadidas pelo Exército israelense, que supostamente procura esconderijos do Hamas.


“Vinte e quatro pacientes de diferentes serviços morreram nas últimas 48 horas porque equipamentos médicos vitais pararam de funcionar devido a cortes de energia”, disse o porta-voz do ministério, Ashraf al Qudra.

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