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Na ONU, Zelensky cobra reação do Conselho de Segurança: ‘Se não há opção, devem dissolvê-lo’

‘Onde está a paz? Onde estão essas garantias que a ONU precisa fornecer?’, questionou o presidente da Ucrânia no 41º dia de guerra

Foto: TIMOTHY A. CLARY/AFP via Getty Images
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O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, elevou o tom das críticas à Rússia durante pronunciamento virtual no Conselho de Segurança da ONU, nesta terça-feira 5, o 41º dia da guerra.

No início do discurso, Zelensky mencionou a descoberta de 300 corpos de civis enterrados em valas comuns na cidade de Bucha, a poucos quilômetros de Kiev. Na sequência, afirmou que as ações das tropas russas não seriam diferentes daquelas de “outros terroristas”.

“Eles seguiram uma política de destruir a diversidade étnica e religiosa, depois inflamar as guerras e deliberadamente liderá-las de forma a matar muitos civis”, afirmou. “Alguns deles foram fuzilados nas ruas, outros foram jogados nos poços para morrer. Em sofrimento. Eles foram mortos em seus apartamentos, casas foram explodidas por granadas.”

À ONU, Zelensky ainda declarou que os locais atacados variam, “mas a crueldade é a mesma”. Ele tornou a pedir que a Rússia seja responsabilizada pelas ações em território ucraniano e fez críticas à atuação do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

“Onde está a paz? Onde estão essas garantias que a ONU precisa fornecer?”, questionou. Neste sentido, também voltou a cobrar uma reforma no sistema do Conselho de Segurança, que dá direito de veto à Rússia, um membro permanente.

“Estamos lidando com um Estado que transforma o veto no Conselho de Segurança da ONU em direito de morrer”, prosseguiu. “Por favor, mostrem como podemos reformar ou mudar [o Conselho] e trabalhar pela paz. Se não houver alternativa, então a próxima opção seria dissolvê-lo completamente.”

No pronunciamento desta terça, Zelensky também acusou a Rússia de “apoiar o ódio no nível do Estado” e exportá-lo para outros países “por meio de seu sistema de propaganda e corrupção política”.

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