Mundo
Na ONU, Macron classifica invasão russa da Ucrânia como um ‘retorno ao imperialismo’
‘Aqueles que ficam em silêncio mostram uma nova forma de cinismo que está quebrando a ordem global’, afirmou o presidente da França


O presidente da França, Emmanuel Macron, declarou nesta terça-feira 20 diante da Assembleia-Geral da ONU que a invasão russa da Ucrânia provocou um “retorno ao imperialismo”.
“O que testemunhamos desde 24 de fevereiro é um retorno ao imperialismo e às colônias. A França rejeita isso e trabalhará persistentemente pela paz”, afirmou, em Nova York.
Macron discursou na Assembleia-Geral após os aliados russos anunciarem que irão convocar referendos sobre a anexação nas partes ocupadas da Ucrânia, uma medida criticada pelas potências ocidentais.
Os países europeus e os Estados Unidos impuseram sanções radicais à Rússia, mas vários países em desenvolvimento buscaram um meio termo e temem que a crise da Ucrânia eclipse outras preocupações.
“Aqueles que ficam em silêncio agora sobre este novo imperialismo, ou são secretamente cúmplices dele, mostram uma nova forma de cinismo que está quebrando a ordem global, sem a qual a paz não é possível”, concluiu Macron.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
Leia também

Presidente da Colômbia denuncia na ONU o fracasso da ‘guerra às drogas’
Por AFP
Leia o 1º e o último discursos de Lula na Assembleia-Geral da ONU como presidente
Por CartaCapital
Ciro e Soraya vão ao TSE para barrar o uso de discurso na ONU pela campanha de Bolsonaro
Por CartaCapital