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MSF denuncia ‘inação’ do Conselho de Segurança diante do ‘massacre’ em Gaza

A ONG Médicos Sem Fronteiras condenou os vetos dos estados-membros da ONU, como os Estados Unidos, às propostas de cessar-fogo

Foto: Jack Guez/AFP
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O Conselho de Segurança da ONU tornou-se “cúmplice do massacre” em Gaza devido à sua “inação”, afirmou, nesta sexta-feira 8, a ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF).

“A inação do Conselho de Segurança das Nações Unidas e os vetos dos seus Estados-membros, especialmente os Estados Unidos, os tornam cúmplices do massacre em curso”, denunciou MSF.

O Conselho de Segurança começou a discutir nesta sexta-feira, por iniciativa do secretário-geral da ONU, António Guterres, o apelo a um cessar-fogo humanitário em Gaza, palco de uma guerra há mais de dois meses entre Israel e o movimento islamista Hamas, no poder no território palestino.

Os Estados Unidos, um dos cinco membros permanentes e com poder de veto na máxima instância da ONU, indicaram que não apoiariam essa moção.

“Embora os Estados Unidos apoiem os apelos a uma paz duradoura (…), não apoiamos os apelos a um cessar-fogo imediato” em Gaza, o que “plantaria as sementes de uma guerra futura”, já que o Hamas “não deseja uma paz duradoura”, disse o embaixador adjunto dos EUA na ONU, Robert Wood.

Israel prometeu aniquilar o Hamas, no poder em Gaza, após a incursão de milicianos islamistas que, em 7 de outubro, mataram 1.200 pessoas, a maioria civis, e sequestraram cerca de 240, segundo o balanço israelense.

Desde então, Israel lançou uma campanha de bombardeios e operações terrestres na Faixa que matou quase 17.500 pessoas, segundo o Ministério da Saúde do Hamas.

Israel também impôs um cerco praticamente total à Faixa de Gaza, provocando escassez de água, alimentos, medicamentos e eletricidade neste território de 362 km2 e quase 2,4 milhões de habitantes.

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